Alguns anos atrás, dizia-se que a nuvem era o futuro da computação. Hoje em dia, esse futuro já chegou. Atualmente, praticamente todas as empresas usam a infraestrutura de nuvem para ajudar a gerenciar – e otimizar – seus negócios. Entre as 500 empresas listadas na Fortune 500, por exemplo, 80% delas usam a solução IBM Cloud para esse fim.

E isso só deve aumentar: de acordo com dados da empresa de pesquisa de mercado IDC, o mercado já movimenta US$ 250 bilhões; e a expectativa é ainda mais otimista: até 2018, ele deve crescer mais de 30%, chegando a movimentar US$ 400 bilhões anuais.

Se antigamente a discussão era “nuvem ou não-nuvem”, hoje em dia a discussão é: “qual nuvem?”. Porque, diferente do que podemos imaginar num primeiro momento, nem todas as nuvens são iguais. Entender as diferenças entre as modalidades privada, pública e híbrida é essencial para não ficar para trás nessa transição do mercado.

Flexibilidade ou segurança?

Contratar um serviço de nuvem é uma tarefa que exige muita consideração. Quando uma empresa toma a decisão de mover boa parte de seus dados para um servidor remoto, ela está firmando um pacto de confiança muito profundo com a prestadora de serviço. Afinal, em muitos casos, boa parte do negócio da empresa depende daquela infraestrutura de informação.

Esse é um dos problemas da “nuvem pública”: ao ser contratada, ela deixa as informações das empresas em máquinas compartilhadas, junto com dados de outras, e às vezes com configurações não otimizadas para os processos que os dados da empresa exigem. É compreensível, portanto, que algumas empresas ainda hesitem em dar esse passo.

 

Para essas empresas, uma nuvem privada pode ser melhor. Nesses casos, os dados da empresa podem ficar em máquinas dedicadas a eles. Em algumas situações, isso até permite uma configuração mais adequada aos serviços, e às vezes até mesmo mais segurança para seus dados.

Mas a nuvem pública também tem outras vantagens que fazem com que suas eventuais insuficiências não sejam à toa. Como as configurações das máquinas não são tão específicas, o cliente ganha em flexibilidade e escalabilidade: se precisar aumentar a infra no curto prazo, isso é facilmente resolvido.

Por que não conciliar os dois?

É aí que entra a chamada “nuvem híbrida”. A ideia desse tipo de configuração de nuvem é que a empresa aloque uma parte de suas funções a cada um dos serviços de nuvem, público e privado. Assim, funções com demanda mais fixa e informação mais sensível podem aproveitar a otimização e a segurança da nuvem privada; simultaneamente, serviços com demandas mais flexíveis e dados menos sensíveis podem colher os benefícios de escalabilidade da nuvem pública.

Trata-se de uma tendência para o futuro do mercado, já que ela permite unir o melhor dos dois mundos da nuvem. É evidente que ela exige um esforço maior da empresa na hora de determinar quais partes de seus dados vão para cada lugar: não dá pra simplesmente jogar tudo aqui ou ali, mas esse esforço maior vale a pena.

Todos os benefícios da nuvem híbrida devem ficar ainda melhores com o tempo. A IBM, por exemplo, já está investindo em soluções de código aberto (outra tendência para o futuro do mercado) para facilitar a comunicação entre estruturas de dados de todos os tipos.