A Rocket Lab concluiu com sucesso o lançamento de um satélite neste domingo (30). O foguete Electron decolou de uma instalação na Nova Zelândia para transportar a sonda de observação planetária Sequoia, da startup norte-americana Capella Space, até a órbita da Terra.

O equipamento corresponde ao primeiro satélite da constelação ‘Synthetic Aperture Radar’ (SAR) – Radar de Abertura Sintética, em tradução livre – disponível para clientes da startup. Quando completa, a rede vai oferecer imagens de alta qualidade da Terra. Em vez de sistemas ópticos, os satélites utilizam radares com o intuito de fornecer imagens precisas, independentemente da atividade de nuvens e da luz disponível.

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De acordo com o TechCrunch, a Capella Space pretendia inicialmente lançar o satélite por meio do programa de missões compartilhadas da SpaceX. Entretanto, devido a atrasos das operações da companhia de Elon Musk, a startup decidiu recorrer aos serviços da Rocket Lab. O episódio marca a primeira missão bem sucedida do foguete Electron após um lançamento frustrado, em julho, que resultou na perda de sete satélites, dentre eles um sistema de câmeras da Canon.

Uma investigação da Rocket Lab apontou que o incidente foi provocado por uma falha no sistema elétrico do Electron que fez com que o veículo simplesmente desligasse, como medida de segurança. A empresa admitiu que um dos componentes da aeronave não foi submetido a testes de estresse apropriados. A companhia promoveu ajustes em sua frota de foguetes.

A Rocket Lab trabalha em um sistema de recuperação que permitirá a reutilização de estágios do Electron para múltiplas missões. O lançamento do satélite Sequoia neste domingo, no entanto, não envolveu nenhum teste relacionado ao projeto. A expectativa da empresa, segundo o TechCrunch, é promover testes de um novo sistema até o final de 2020.

Além disso, no início de agosto, o CEO da companhia, Peter Beck, revelou planos de enviar a primeira missão privada para investigar a existência de vida em Vênus, até 2023.

“Vamos aprender muito no caminho até lá, e vamos tentar ver se podemos descobrir o que há naquela zona atmosférica. E quem sabe? Podemos ter a sorte grande”, disse o executivo em sessão de perguntas e respostas transmitida pelo YouTube.

Via: TechCrunch