A SpaceX começou a enviar e-mails a usuários interessados no acesso à internet via satélite através de sua constelação Starlink, informando o inicio de um programa beta público.

Batizado de “Melhor do que Nada”, o programa beta oferece acesso antecipado à rede por US$ 99 (R$ 560) mensais, mais US$ 499 (R$ 2.800) pela compra do equipamento de acesso (antena, tripé e roteador). Na mensagem a empresa deixa bem claro o que os usuários podem esperar: velocidade de acesso entre 50 e 150 Mb/s e latência entre 20 e 40 ms, além de “breves períodos sem nenhuma conexão”.

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Segundo a empresa, a largura de banda irá aumentar, e a latência diminuir, à medida que mais satélites forem lançados e mais estações em terra forem instaladas para receber seus sinais. A empresa também afirma que continuará a atualizar seu software de rede, e espera reduzir a latência para algo entre 16 e 19 ms em 2021.

De acordo com o The Verge, clientes que participarem do beta terão acesso a um app que usará realidade aumentada para auxiliá-los a escolher um local para a instalação da antena e a configurar o equipamento.

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Reprodução

E-mail convidando interessados a se inscrever no beta da rede Starlink. Imagem: FourthEchelon19, via Reddit,

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A SpaceX planeja colocar até 12 mil satélites em órbita, arranjados em várias “camadas” ao redor do planeta para oferecer acesso global à internet em banda larga. A primeira camada terá 1.584 satélites, dos quais 895 já estão em órbita. A SpaceX usa seus foguetes Falcon 9 em voos regulares para lançar os satélites, em grupos de 60 de cada vez.

Conexão que veio do céu

Um dos mercados nos quais a SpaceX está de olho são os usuários em áreas rurais nos EUA. Ao menos seis milhões de famílias e empresas que estão nestas áreas não têm acesso à internet banda larga. Assim, esperam que a solução venha literalmente do céu, a partir dos satélites do projeto Starlink.

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A Comissão Federal de Telecomunicações (FCC, Federal Communications Comission, similar à nossa Anatel) nos EUA separou um Fundo de Oportunidade Digital Rural (RDOF) de US$ 16 bilhões para expandir a cobertura de banda larga de alta velocidade em regiões carentes e não atendidas da zona rural norte-americana. Empresas candidatas precisam garantir que conseguem oferecer um serviço com latência inferior a 100 milissegundos, velocidade de download de no mínimo 25 Mbps e upload a 3 Mbps, conforme exigência da FCC.

Fonte: The Verge