A queda de meteoros não é um evento raro: cientistas estimam que até 17 deles podem atingir o solo todo dia. O que é raro, entretanto, é uma pessoa ser atingida por um deles ou morrer por causa disso. De fato, não há até o momento nenhuma evidência incontestável de que uma morte tenha ocorrido.

Mas novos documentos encontrados pela Diretoria Geral de Arquivos do Estado da Presidência da República da Turquia parecem fornecer a primeira prova concreta de alguém “morto pelas estrelas”. Segundo um estudo publicado nesta semana no jornal Meteoritics and Planetary Science, em 22 de agosto de 1888 (sim, há 132 anos) um meteoro atingiu e matou um homem e paralisou outro no que hoje é a cidade de Suleimânia, no Iraque, que na época era território do Império Otomano.

A dificuldade em comprovar que uma pessoa foi vítima de um meteoro vem da falta de evidência material de que um evento ou rocha seja realmente de origem espacial. Mas os autores do estudo encontraram três documentos escritos no idioma Turco Otomano, recentemente digitalizados, descrevendo o incidente.

Como aconteceu?

Os documentos foram escritos por autoridades locais e detalham que na data em questão, por volta das 20:30, uma “grande bola de fogo” foi vista no céu. Após 10 minutos, meteoritos começaram a “cair como chuva” sobre uma vila na região, matando um homem e paralisando outro. Além disso, plantações teriam sido danificadas, o que é consistente com a onda de choque causada por um bólido.

De acordo com o site Science Alert, é impossível saber a altitude, velocidade, tamanho ou localização da bola de fogo, mas de acordo com as vilas onde ela foi vista os cientistas acreditam que ela veio do sudoeste antes de atingir um morro próximo a Suleimânia.

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“Pelo que sabemos, este evento é o primeiro relato de que um impacto de um meteoro matou uma pessoa, suportado por três manuscritos que o detalham em grandes detalhes. Dado que estes documentos vêm de fontes oficiais e foram escritos por autoridades locais, incluindo o grão-vizir, não suspeitamos de sua autenticidade”, dizem os pesquisadores.

Fonte: Science Alert