O ator principal de “Dolittle”, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros, precisa ser controlado, mas já comprovou diversas vezes que tem talento e versatilidade para diversos tipos de papéis, da cinebiografia com pretensões artísticas ao painel bem humorado de uma grande cidade, de um super-herói às comédias juvenis. 

Escolhemos aqui sete filmes com o astro. Não valem aqueles em que ele é um coadjuvante, mesmo quando importante na trama. (em ordem cronológica)

Chaplin (Richard Attenborough, 1992)

Primeiro grande papel de sua carreira, numa cinebiografia um tanto quadrada, mas com o brilho de Downey Jr. fazendo um Chaplin bem impressionante. 

Short Cuts (Robert Altman, 1993)

Filme cheio de protagonistas, não muito bem sucedido, mas que deve ser revisto. Downey Jr. tem uma participação sólida no filme, combinando com o estilo caótico de Altman.

Só Você (Norman Jewison, 1994)

Comédia romântica em que o astro contracena com Marisa Tomei. A química entre esses dois ótimos artistas salva o filme da modorra acadêmica típica de Jewison.

Homem de Ferro (Jon Favreau, 2008)

Nada mal esta primeira aventura com o herói dos quadrinhos e dos desenhos animados, agora personificado por Downey Jr. 

Trovão Tropical (Ben Stiller, 2008)

O ator aparece quase irreconhecível por conta de uma operação que enegreceu o personagem. Hoje, seria cancelado. Mas na época era possível notar a crítica por trás do gesto. Um filme irregular, mas que não devemos descartar.

Um Parto de Viagem (Todd Philips, 2010)

O diretor de “Coringa” dirige este filme que mostra Downey numa comédia besteirol. Philips é muito limitado, mas Downey e Zach Galifianakis comandam a narrativa com seus talentos.

Vingadores: Guerra Infinita (Joe e Anthony Russo, 2018)

Se o primeiro “Vingadores” revela-se infantil e enfadonho na revisão, este permanece como a bola dentro da série, sobretudo pelo final acachapante.

LISTA DE ESPERA (filmes que em outro momento poderiam estar entre os 7):

O Solista (Joe Wright, 2009)

Homem de Ferro 2 (Jon Favreau, 2010)


* Sérgio Alpendre é critico e professor de cinema