Uma vacina contra a Covid-19 pode estar mais próxima do que se imagina. A farmacêutica americana Pfizer e a empresa alemã BioNTech anunciaram que iniciarão em breve a última fase de testes do imunizante “BNT162b”, considerado promissor em ensaios prévios. No Brasil, as cidades de São Paulo e Salvador devem receber testes. 

Se os resultados forem promissores, espera-se que a vacina seja registrada no órgão regulador norte-americano até outubro. Nesse caso, as empresas afirmam ter capacidade de produzir 100 milhões de doses ainda este ano. Como a imunização é feita em duas doses, este número vacinaria 50 milhões de pessoas em 2020 (todas nos Estados Unidos).

Para o ano que vem, a expectativa é que sejam produzidas 1,3 bilhão de doses. 

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Embora testada no Brasil, primeiro lote da vacina já foi adquirido pelos Estados Unidos. Imagem: Unsplash

Na fase atual, a vacina deve ser testada em 30 mil indivíduos de 120 lugares ao redor do mundo. No Brasil, os voluntários de São Paulo e Salvador somam mil pessoas. Entretanto, o governo brasileiro ainda não manifestou interesse em adquirir lotes do imunizante. 

A técnica utilizada na vacina da Pfizer é inovadora. Diferente do que acontece usualmente, o imunizante não é composto de partículas inativadas do vírus, mas de um RNA sintético que estimulará o sistema imunológico a gerar uma resposta de defesa.

Testes no Brasil

Outras duas vacinas estão sendo testadas no Brasil. Uma delas, feita na Universidade de Oxford, foi desenvolvida com a participação de um brasileiro. Os resultados animadores obtidos na segunda fase de testes fizeram com que ela fosse apontada pela OMS como a mais avançada do mundo. Atualmente, ela passa pela terceira e última fase, na qual estão sendo testados milhares de voluntários no mundo inteiro, dois mil deles no Brasil. 

A vacina da Sinovac também está na última fase de testes. No Brasil, ela é testada em nove mil voluntários graças a uma parceria entre a empresa e o Instituto Butantan, de São Paulo. De acordo com o governardor João Dória, a vacina pode começar a ser aplicada pelo SUS já em janeiro do ano que vem, caso os testes comprovem sua eficácia. 

Via: G1