Há muito tempo se sabe que o cobre tem propriedades desinfetantes, e mata com facilidade vírus, fungos e bactérias que entram em contato com sua superfície. Para auxiliar no combate à Covid-19, empresas estão explorando esta característica e oferecendo o serviço de revestimento de superfícies com o metal.

É o caso da Spee3D de Melbourne, na Austrália, que produzia impressoras 3D capazes de imprimir objetos em cobre ou alumínio. Com a pandemia Byron Kennedy, fundador da empresa, pensou: “Podemos fazer alguma coisa? Será que podemos ajudar?”.

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Sua empresa contratou o laboratório 360biolabs para determinar como o vírus Sars-Cov-2, que causa a Covid-19, reage a superfícies de cobre. Os resultados mostram que 96% dos vírus foram mortos em duas horas e 99,5% em cinco horas. Em comparação, não houve mudança na quantidade de vírus em uma superfície de aço inoxidável no mesmo período.

A Spee3D então reconfigurou suas máquinas para revestir com cobre superfícies como maçanetas de portas, e já recebeu encomendas de dois departamentos do governo australiano interessados em revestir as maçanetas em seus escritórios antes que os funcionários voltem ao trabalho.

O serviço não é barato: uma maçaneta custa de US$ 33 a US$ 65 (R$ 190 a R$ 370). Mas segundo Richard Adkerson, CEO da mineradora Freeport McMoRan, que extrai o metal, “o uso do cobre em equipamentos de saúde, instalações médicas e locais públicos certamente irá crescer quando o custo do cobre, que foi uma barreira no passado, for comparado ao enorme custo à nossa sociedade causado por esta pandemia”.

Fonte: Reuters