Um estudo liderado por pesquisadores da University College London, no Reino Unido, identificou que as mutações já documentadas do novo coronavírus não o tornam mais transmissível. A pesquisa analisou o sequenciamento genético de microrganismos extraídos de mais de 15 mil pacientes com covid-19 em 75 países.

Os cientistas identificaram 6.822 mutações do novo coronavírus. A pesquisa aponta que 273 casos apresentam fortes evidências de que as variações genéticas ocorreram de forma repetida e independente.

Para estudar o potencial de transmissão dessas mutações, a pesquisa modelou a evolução do vírus. Depois, os cientistas analisaram se as variações genéticas tornaram as infecções predominantes em relação a agentes sem mutação. Os resultados não apontam evidências de que as mutações aprimoraram a capacidade de contágio do novo coronavírus.

Os resultados do trabalho ainda não foram publicados em um periódico científico nem passaram pela revisão de outros especialistas. A iniciativa, no entanto, tem como base um artigo da revista Infection, Genetics and Evolution, que relata mutações no genoma do novo coronavírus.