A cada novo lançamento de placas de vídeo as dúvidas dos consumidores sobre qual modelo comprar aumentam. Em teoria, diversas marcas prometem gráficos bonitos e performance potente com seus produtos. Na prática, no entanto, não é bem assim. Por esse motivo, o Olhar Digital explica o que você deve considerar antes de comprar uma nova placa de vídeo para a sua máquina.

Primeiramente, é preciso dizer que a placa de vídeo não faz milagre. Pense no computador como um corpo humano, mesmo que o coração bata forte, o cérebro, os rins e outros órgãos também precisam funcionar para que tudo esteja perfeito.

Sendo assim, se você quer rodar os últimos lançamentos de games da nova geração na melhor qualidade possível, é preciso investir também em memória RAM, processador, dispositivos de armazenamento e até em um monitor mais parrudo.

Ela é compatível?

Não adianta comprar a melhor placa de mercado, gastar uma fortuna e perceber que ela não pode ser instalada no seu PC. As placas são conectadas diretamente à placa-mãe do computador e, por isso, é preciso saber quais conectores estão disponíveis no componente.

Reprodução

Os modelos mais atuais utilizam o encaixe PCIe 16x, mas algumas placas usam interfaces AGP e PCI 3.0. Alguns sites como o PC Specs ajudam nessa tarefa de identificação listando as placas compatíveis com cada modelo de placa-mãe. 

Potência

Neste ponto há alguns dados que precisam ser analisados. O primeiro deles é a GPU, também conhecida como Graphics Processing Unit (Unidade de Processamento Gráfico, na tradução). Quando maior o resultado aqui, melhor será o desempenho da placa para processar imagens gráficas e atualizá-las na tela. O dado é medido em MHz e pode ser descrito pelo fabricante como clock da GPU ou clock da VPU.

A informação mais procurada pelos consumidores ao buscar uma placa de vídeo é a quantidade de memória que ela oferece. Esse atributo serve para armazenar as informações visuais durante a jogatina. Placas de 2 GB são superiores a placas de 1 GB. Até aqui é fácil, porém algumas delas contam com componentes com interface de 256 bits, ao invés de 128 bits e a memória é armazenada em módulos GDDR5, ao invés de DDR3.

Reprodução

Dessa forma, uma placa com menor quantidade de “GB” pode sim ser superior a concorrente com o dobro desse número, mas com interface e módulos antigos. Para quem não sabe, GDDR5 é uma tecnologia mais atual do que a DDR3. Por isso, analise esse aspecto, mas também não force a barra para escolher uma de placa de vídeo de 512 MB em detrimento de uma de 4 GB.

Uma boa maneira de analisar o funcionamento de uma placa é procurar serviços na internet com os resultados de benchmark do produto desejado. Existem diversas páginas que realizam o serviço, tais como a Videocard Benchmarks ou o Tom’s Hardware.  

Série e frequência

As placas de vídeo não são simplesmente definidas em 128 MB, 2 GB, 4 GB e por aí vai. Elas também variam de acordo com a geração na qual foram lançadas. Por isso são divididas em “séries”. No caso das placas GeForce, a série é descrita no primeiro número. Por exemplo, a GeForce 820 é uma placa de oitava geração, enquanto a GeForce 340 é da terceira. Os números “20” e “40” no exemplo acima referem-se ao modelo da placa.

Em outro exemplo, agora com uma peça da AMD, veja que a Radeon HD 6790 tem clock de 840 MHz, largura de banda de 256 bits e clock de memória de 4,2 GHz. Apesar de ser mais antiga do que o modelo 6850, ela entrega mais potência já que a mais nova tem clock de 775 MHz, largura de banda de 256 bits e clock da memória de 4,2 GHz.

Overclock

O overclock, por sua vez, é um recurso que pode aumentar o valor do clock da placa forçando-a para produzir mais potência. Seria como forçar um motor de um carro a trabalhar de forma mais forte ininterruptamente. Se por um lado ele pode entregar resultados melhores, por outro pode acabar ficando exausto e apresentar problemas a médio e longo prazo, já que não foi produzido para trabalhar nessa potência de forma normal. Tenha em mente que essa funcionalidade deve ser usada apenas para momentos específicos, e não duranet todo o tempo.

Marca e preço

AMD e Nvidia atualmente dominam o mercado e produzem boas placas para fins de trabalho e diversão. A escolha de uma marca frente a outra não influencia tanto se as capacidades de execução gráficas de ambas forem equivalentes.

Reprodução

O valor é outra questão que deve ser considerada. Uma GeForce GTX 1080, por exemplo, sai por R$ 1.800 no varejo online. É uma quantia que precisa ser considerada, principalmente para quem vai investir na placa buscando rodar jogos atuais. Para efeito de comparação, é possível encontrar videogames como o PlayStation 4 e o Xbox One pelo mesmo preço na internet.

Saídas

Outro aspecto a ser considerado são as saídas que o hardware oferece para que o computador seja conectado a um monitor ou televisor externo. Enquanto as placas mais antigas contam com saídas HDMI, que oferecem qualidade superior na exibição de imagens e som, outras oferecem somente saída VGA, tecnologia ultrapassada que transmite somente imagem, sem som. Fuja dessas.

 

Perfil do usuário

Antes de comprar a placa, você precisa analisar qual o seu perfil no computador. Se busca um hardware que possibilite a execução e manipulação de programas de edição de vídeo e imagens, você não precisará gastar tanto quando alguém que busca placas que possam abrir os jogos de última geração nas configurações mais avançadas.