A Nintendo demitiu nesta semana uma funcionária que trabalhava no setor de marketing da empresa há pelo menos dois anos e meio. A demissão poderia ter entrado para a lista de cortes que a companhias andou fazendo se a ex-colaboradora Alison Rapp não fosse feminista e não tivesse sido atacada nas redes sociais.

Alison, tem um bom número de seguidores, principalmente no Twitter, denunciava o machismo e a sexualização das mulheres na indústria dos jogos eletrônicos, além de se declarar feminista.

Ela frequentemente recebia mensagens de ódio e assédio de pessoas que não concordavam com suas ideias. Até que passou a sofrer ataques constantes do GamerGate, um grupo de gamers que assedia, ofende e ameaça mulheres da indústria dos videogames; o grupo estava fazendo uma campanha pedindo sua demissão.

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Na última quarta-feira (30), Alison foi desligada da companhia e escreveu sobre o caso nas redes sociais, alegando acreditar que a demissão estava relacionada ao que ela defendia e aos assédios que estava recebendo há meses.

Em defesa, a Nintendo divulgou uma nota afirmando que o motivo da dispensa era que a funcionária tinha um segundo trabalho que realizava em paralelo, o que vai contra a política interna da empresa. “Apesar da demissão da Srta. Rapp ter acontecido logo após ela ter sido vítima de críticas por parte de certos grupos nas redes sociais, as duas situações não estão relacionadas”.

Alison, por sua vez, afirma que, pouco tempo depois de começar a trabalhar na empresa, seus superiores pediram para que ela parasse de publicar opiniões sobre a representação da mulher nos jogos de video game com receio da repercussão que o assunto poderia causar à imagem da Nintendo.

Via Mashable, The Wrap, Kotaku e News