Uma série de rumores sobre as configurações técnicas do Nintendo Switch, o novo console da Nintendo, já estão circulando na internet. O mais recente indica que ele será menos potente que o PS4 original, lançado em 2013. Agora, um vazamento de informações no Twitter confirmou que esse realmente será o caso.
O Switch, segundo as informações, terá uma versão modificada do chip Tegra X1, da Nvidia. Esse chip tem uma arquitetura Maxwell, que já foi ultrapassada pela arquitetura Pascal das placas de vídeo mais recentes da empresa. O processador do Tegra X1 tem quatro núcleos ARM Cortex A57, com clock (velocidade) máximo de 2 GHz.
Mas o mais surpreendente, de acordo com o site Eurogamer, é que os dados mostram uma diferença drástica de performance de quando o dispositivo está em modo console para quando ele está em modo portátil. No modo portátil, a placa de vídeo do Switch tem um clock máximo de 307,2 MHz. Isso é apenas 40% da potência máxima da placa de vídeo no modo console; nesse modo, ela pode rodar a um clock de até 768 MHz.
Pegando leve
A diferença de performance tem o objetivo de reduzir o calor e o consumo de energia do dispositivo quando ele está fora de sua “estação”. A Nintendo não permite que os desenvolvedores elevem o clock além desses limites. Por outro lado, ela permite que eles “reduzam” o desempenho da placa de vídeo quando o dispositivo estiver no modo console. Isso serviria para evitar que os jogos ficassem muito diferentes entre os dois modos.
Também é notável que a versão do Tegra X1 que a Nintendo está usando é mais lenta que a versão padrão. No chip Tegra X1 padrão, a placa de vídeo é capaz de rodar a um clock de até 1 GHz. O mais provável é que a empresa tenha feito essa modificação para permitir que o dispositivo funcione no modo portátil sem gastar muita bateria, e para que os dois modos não tivessem tanta diferença entre si.
De acordo com os dados, o dispositivo será capaz de rodar jogos em resolução HD (720p) no modo portátil, e em Full HD (1080p) no modo console. Considerando que a tela do Switch terá 6,2 polegadas, essa resolução a colocaria abaixo das telas da maioria dos smartphones atuais, em termos de densidade de pixels.
As especificações também indicam que o console será capaz de transmitir vídeo em resolução 4K a 30 quadros por segundo. No entanto, é extremamente improvável que os jogos do console rodem nessa resolução. O mais provável é que essa capacidade seja usada para que o Switch seja capaz de rodar discos de Blu-Ray e transmitir vídeos em 4K do YouTube, da Netflix e de serviços semelhantes.
Devagar e sempre
Essas configurações indicariam que a Nintendo continua sem ter vontade de competir com a Sony ou a Microsoft em termos de poder computacional. Isso, no entanto, não é nenhum problema: o Wii, por exemplo, tinha configurações muito mais modestas do que os outros consoles que foram lançados na mesma época que ele, e vendeu muito mais.
Fora isso, a empresa também tem muitas séries atraentes relacionadas a seu nome, tais como as franquias Pokémon, Zelda, Super Mario, Metroid, entre outras. Esses nomes são fortes o suficiente para atrair jogadores mesmo que as configurações do console não sejam de ponta.
Há que se considerar, ainda, que o principal atrativo do console é o fato de ele ser portátil também. Essa característica é algo que nem o PlayStation 4 nem o Xbox One conseguem simular de qualquer maneira. Isso, por si só, já dá à Nintendo uma vantagem competitiva nesse mercado, pois ela oferece algo que nem a Sony nem a Microsoft conseguem oferecer.