Com mais de 100 milhões de assinantes em todo o mundo, a Netflix se destaca por oferecer, na maior parte do tempo, seus clientes muito bem, acertando em suas sugestões. Mas como a empresa faz para saber exatamente do que cada um gosta?

Metadados. É essa a palavra-chave para o sucesso do serviço de streaming. Os metadados são uma espécie de informações de hábitos de consumo, coletados sempre que uma pesssoa usa o aplicativo. A empresa consegue saber o horário em que a pessoa se conectou, o que está assistindo, quando perdeu o interesse, se pausou alguma vez a série ou filme e quanto tempo cada interrupção durou.

Preferências 

Isso significa que o sistema da empresa consegue saber se você gostou de algo, quais são suas preferências e se você desistiu de assistir a uma série no meio de um episódio. Tudo isso é usado para construir um perfil detalhado e oferecer sugestões que sejam aceitas facilmente.

Local de acesso

A Netflix sabe também de onde você acessa o app, qual o IP (e consequentemente seu endereço) tipo de dispostiivo, marca e até o navegador que você prefere para assistir.

Sua conta

Através do seu histórico, o serviço de streaming sabe o que você busca, o que assiste e tem até um compilado com o número de horas assistidas desde a abertura da conta, número de programas e séries consumidos, métodos de pagamentos e outras informações. 

Por que isso é importante?

Ao cruzar esses dados, a empresa consegue saber quem você é, do que gosta, se perde a atenção facilmente, se tem cartão de crédito, qual é o banco que utiliza e outras preferências. Se comercializadas, essas informações podem ajudar uma empresa, por exemplo, a atingir seu público-alvo. Para a Netflix, elas servem para criar novos programas ou filmes que agradem ao público e se tornem um sucesso.

Marco Civil

O Marco Civil brasileiro prevê que o usuário tenha acesso a tudas as informações pessoais existentes em um banco de dados. “O usuário tem direito a informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais”.

Segundo a lei, esses dados não podem ser usados para fins que não justifiquem sua coleta. O usuário deve saber, também, que eles são coletados.