Recentemente, a Samsung anunciou o Galaxy S8 e o S8+, seus novos smartphones top de linha. Os dispositivos trazem uma série de novidades impressionantes, como bordas praticamente inexistentes e o novo processador top de linha da Qualcomm. Mas, para muitas pessoas, o principal motivo de esperar pelo S8 era que, com seu lançamento, os outros celulares da Samsung diminuiriam de preço.

De fato, foi isso que parece ter acontecido. O S7 e o S7 Edge, que acabam de perder o posto de melhores celulares da empresa, viram recentemente uma queda expressiva de preço nas lojas online. Mesmo os intermediários de última geração da empresa, o A5 e o A7, podem ser encontrados na internet por valores mais acessíveis.

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O comparador de preços Zoom, por exemplo, lista para o A5 preços a partir de R$ 1.400. O A7, por sua vez, pode ser encontrado por a partir de R$ 1.700. Subindo para os antigos tops de linha da empresa, o S7 aparece por preços a partir de R$ 1.860; o S7 Edge sai por no mínimo R$ 2.070. Para aparelhos que, até pouco tempo, eram o melhor que a empresa tinha a oferecer (e que chegaram aqui custando R$ 3.800 e R$ 4.200), são preços bem aceitáveis.

Se você estava pensando em adquirir algum deles, mas não sabe exatamente qual é o ideal para você, não se preocupe. Abaixo, falamos de cada um deles, comparando suas características e preços, e avaliando para quais usuários eles seriam mais adequados. Confira:

Galaxy A5

Reprodução

O Galaxy A5 é um intermediário bem competente da Samsung. O aspecto mais impressionante dele é o design: visualmente, ele é muito bonito. Com uma tela de 5,2 polegadas Full HD AMOLED da Samsung, praticamente tudo a que você for assistir nele vai ficar bonito também. Em termos de performance, ele responde bem, com 3 GB de RAM e um processador octa-core Exynos, da própria Samsung, além de slot para cartão microSD de até 256 GB. 

Se tem um aspecto dele que deixa a desejar é a câmera: seus 16 MP funcionam muito bem em ambientes iluminados, mas basta a luz cair um pouquinho que as fotos começam a ficar granuladas ou a borrar facilmente. Ela também não tem recurso de HDR para fotos, o que seria de se esperar para um celular dessa faixa. Nós já chegamos a fazer um review completo dele, e consideramos o aparelho bem legal, apesar de ele ter um preço mais caro na época.

Agora, no entanto, por R$ 1.400, a história muda. Nesse preço, ele concorre com o Moto G5 Plus, o que já é uma luta bem mais complicada para a Motorola. Em termos de hardware, o processador do G5 Plus pode até ser mais potente, mas, com apenas 2 GB de RAM, ele provavelmente começerá a ficar lento com as próximas atualizações do Android. O A5, com 3 GB, deve aguentar melhor o futuro.

A única verdadeira vantagem do aparelho da Motorola é seu software: enquanto o A5 usa a TouchWiz, modificação do Android feita pela Samsung, o G5 Plus usa uma versão muito mais pura do sistema operacional. Fora isso, porém, fica difícil recomentar o aparelho da Motorola (que, além do mais, acaba sendo mais caro).

O A5, portanto, é um aparelho muito bom para quem quer evoluir de um dispositivo de entrada para um smartphone mais sofisticado. Ele pode não ter tudo que um top de linha oferece, mas, pelo preço, é extremamente satisfatório. Quem quer gastar o mínimo possível para ter um celular durável, com ótima performance e bateria duradoura tem no A5 uma boa opção.

Galaxy A7

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Essa parte vai ser mais curta que a anterior por um motivo bem simples: o A7 é quase igual ao A5. A Samsung pegou a deixa de outras fabricantes de smartphone e fez dois aparelhos com configurações iguais e apenas tamanho (e bateria) diferentes. Por isso, o A7 tem os mesmos componentes do A5, com exceção do tamanho da tela (5,7 polegadas, contra 5,2″ do A5) e capacidade da bateria (3.600 mAh, contra 3.000 mAh do A5).

A diferença da bateria não deve ser muito grande: ela é maior no A7 porque a tela dele é maior também, então, se a bateria do A5 dura bem, a do A7 não deve ficar muito atrás. A tela maior do A7, por sua vez, pode tornar a visualização de vídeos nele mais confortável – mas não mais bonita, já que a resolução dela é a mesma e, portanto, a densidade de píxels é menor.

Saindo por preços a partir de R$ 1.700, o A7 é um pouco mais difícil de recomendar que o A5. Isso porque ele tem as mesmas configurações do aparelho citado anteriormente, mas custa pelo menos uns R$ 300 mais caro. Nesse preço, ele já começa a concorrer com o Moto Z Play, que tem performance semelhante, câmeras no mínimo tão boas quanto a do A7, tela de 5,5 polegadas (ou seja, grande também) e a melhor bateria da categoria. 

No entanto, se você é muito fã da Samsung, gostou do A5, mas queria que ele tivesse a tela maior, a opção do A7 está aí. Só saiba que, nessa faixa de preço, já começa a valer a pena investir em outras marcas.

Galaxy S7

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Parte da “família real” da Samsung, o S7 praticamente dispensa apresentações. Com um dos melhores processadores de sua geração (o Exynos 8890, da Samsung), 4 GB de RAM e memória expansível via cartão microSD, ele tem hardware para durar alguns anos ainda. Sua tela de 5,1 polegadas AMOLED tem resolução 2K (2560 x 1440 pixels), resultando numa impressionante densidade de pixels.

Igualmente impressionante é a câmera traseira do aparelho: ela pode só ter 12 MP, mas a crítica considerou-a, na época, a melhor câmera de celular do mercado – ainda hoje, ela só perde para a do Google Pixel, segundo o renomado comparador DxO Mark. Em termos de bateria, ele já não impressiona tanto: sua célula de 3.000 mAh de capacidade deve durar um dia, e não muito mais que isso. Ah, e além disso ele tem certificação IP68 de resistência a água.

Mesmo assim, encontrar um top de linha (ainda que recém-destronado) por um preço inferior a R$ 2.000 é um negócio muito bom. Ainda mais pelo fato de que ele tem uma câmera tão boa. Se você quiser uma câmera melhor que essa, terá de dar um jeito de trazer um Google Pixel de fora do país – e, mesmo assim, pagará mais caro. Na faixa de preço dele, nada entrega uma experiência muito comparável.

Se há algo que está faltando no S7, porém, são as bordas curvadas da tela. Não, ele não é o S7 Edge. Com isso, o usuário perde os recursos (e o design) da tela curva – mas isso não é de todo ruim. Dependendo de como você segura o celular, suas mãos poderiam acabar sem querer acionando os cantos da tela do S7 Edge (e você ainda teria pagado mais caro por isso). 

O fato é: se você quiser a experiência de um celular top de linha, o S7 é a maneira mais barata de se ter isso. É verdade que ele não é mais a “menina dos olhos” da Samsung, mas ainda é um aparelho muito potente – e com um preço ótimo.

Galaxy S7 Edge

Chegamos aqui ao famoso celular de tela curva da Samsung. O S7 Edge causou certo furor quando de seu lançamento, e não foi à toa. Seu design é muito impressionante, e, mesmo que as funcionalidades da tela arredondada não lhe atraiam, é difícil negar que ela é muito bonita de se olhar. Com resolução 2K e tela AMOLED de 5,5 polegadas e a mesma câmera excelente do S7, ele também consegue mostrar imagens lindas.

Ele tem o mesmo processador, RAM e memória expansível que o S7 – seria o mesmo caso de semelhança do A5 e do A7, não fossem as bordas arredondadas da tela. De fato, a bateria dele é de 3.600 mAh, o que significa que ela não deve durar muito mais que um dia. Graças a tecnologias de carregamento rápido, no entanto, isso não deve ser muito problema se você tiver um carregador por perto.

Por outro lado, é o mais caro dessa lista: ele deve custar de R$ 2.100 para cima, o que faz com que seja voltado para quem está realmente disposto a investir em um celular bom. Não é pouco dinheiro, mas pense no seguinte: o iPhone SE, o modelo de entrada da Apple, custa mais que isso. O S7 Edge não é um modelo de entrada: até pouco tempo atrás, era o melhor celular da Samsung; quando ele foi lançado, nós o consideramos “o melhor Android do Brasil”.

Dessa forma, por mais que ele seja caro, não é dinheiro mal gasto. Para quem quer a experiência de ter um celular premium, não quer pagar muito caro e faz questão das bordas arredondadas, adquirir um S7 Edge pode valer bem a pena. Mas vale lembrar que é possível conseguir algo semelhante por menos dinheiro com o S7.