Desde a prisão de Julian Assange — que permaneceu por quase sete anos na embaixada equatoriana em Londres —, sua organização, o WikiLeaks, já faturou mais de US$ 30 mil em bitcoins. Na segunda semana de abril, o site recebeu, em média, 0,87 BTC (cerca de US$ 4.500) por dia, enquanto no início do mês o valor era de apenas 0,006 BTC (US$ 312) diários.
O ativista se refugiou na embaixada para evitar a extradição para a Suécia, mas seu asilo foi retirado pelo presidente do Equador, Lenín Moreno, em meio a alegações de violações de regras do orgão e de convenções internacionais. Agora, Assange enfrenta acusações de conspiração dos EUA relacionadas a vazamentos de documentos secretos do governo.
As doações de bitcoin chegaram a quase 300: passaram de 2,3 BTC para mais de 7,9 BTC em alguns dias. Além de bitcoin, o WikiLeaks aceita contribuições em Zcash (ZEC), a “moeda da privacidade”, que impossibilita o rastreamento de transações. Ultimamente, eles também aumentaram — 16,25 ZEC (US$ 1.100) foram enviados desde quinta-feira. Até sua prisão, seu endereço Zcash não era usado.
Algumas autoridades afirmaram que, desde que o Equador revogou o asilo político de Assange, os sites das instituições públicas do país foram atingidos por 40 milhões de ataques cibernéticos relacionados a “ameaças de grupos ligados à figura do ativista”.
Assange está sob custódia do Reino Unido e pode ser extraditado para os EUA. De acordo com a programação da justiça britânica, a próxima vez que ele deve aparecer perante o tribunal em Londres é em 2 de maio.
Via: TheNextWeb