Uma pesquisa realizada pelo IDC revelou que o mercado brasileiro de celulares está se recuperando dos resultados ruins do ano passado. O levantamento realizado entre janeiro e março mostra que foram comercializados 12,4 milhões de aparelhos, 25,4% a mais do que no mesmo período de 2016.
Esse dado contabiliza smartphones e feature phones. No caso dos telefones inteligentes, a receita registrada foi de R$ 13,3 bilhões, 22,6% a mais do que no ano passado. Já os feature phones não foram bem. Mais básicos, os modelos movimentaram R$ 108,7 milhões no período, queda de 22% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.
“O pior momento do mercado de celulares no Brasil, vivido no início de 2016, foi superado e, dos últimos dez meses, em nove houve aumento de vendas”, diz Leonardo Munin, analista de pesquisa do mercado de celulares da IDC para América Latina. Ele ainda explica que a alta do dólar e a incerteza político-econômica vivida no Brasil no último ano foram os fatores que impactaram no desempenho ruim de 2016.
Já entre os fatores que explicam a melhora do mercado, o especialista cita a estabilização da moeda, o lançamento de modelos com preços similares às versões anteriores e o resgate de contas inativas do FGTS. Com isso, a expectativa de que o mercado cresça 7,2% no ano.
O estudo da IDC ainda revelou que o tíquete médio dos smartphones passou de R$ 1.179 para R$ 1.142 no período analisado, o que é uma boa notícia para o mercado. Além disso, a venda de aparelhos que custam mais do que R$ 1.300 aumentou consideravelmente, passando de 18,8% para 25,5% em 2017. Os aparelhos dessa categoria só ficaram atrás dos celulares de entrada, com preços entre R$ 700 e R$ 1.000.