A Apple anunciou nesta semana que planeja pagar US$ 38 bilhões em impostos aos Estados Unidos pela repatriação de lucros mantidos no exterior. Tudo isso graças a uma recente reforma tributária impulsionada pelo presidente norte-americano Donald Trump e aprovada pelo Congresso.
De acordo com a agência Bloomberg, além de ser a maior empresa de capital aberto do mundo, a Apple também é a companhia norte-americana que mais tem reservas de dinheiro fora do seu país de origem, com mais de US$ 252 bilhões até setembro do ano passado.
Graças à reforma tributária dos EUA, parte desse dinheiro pode ser repatriado, o que equivale a US$ 38 bilhões em impostos. A Apple diz que “um pagamento deste tamanho seria o maior do tipo já feito” na história da economia norte-americana.
Além disso, a Apple prometeu injetar US$ 350 bilhões na economia dos EUA nos próximos cinco anos, incluindo a criação de 20 mil postos de trabalho. Esse dinheiro será investido em fornecedoras, data centers, lojas e na construção de um novo campus, cujo endereço será divulgado ainda este ano.
A Apple só não disse quais sãos os prazos e condições para o pagamento dos US$ 38 bilhões em impostos. O que a empresa diz é que, apesar de manufaturar boa parte dos componentes dos seus produtos por meio de terceirizadas na China, ela é a que “mais paga impostos” nos EUA.
Por outro lado, a Apple tem problemas com autoridades tributárias em outras partes do mundo. No ano passado, por exemplo, a Comissão Europeia exigiu que a Irlanda cobrasse 13 bilhões de euros em impostos da Apple que a empresa deixou de pagar graças a incentivos fiscais obtidos no país, como lembra o El País.