O número de assinaturas de banda larga móvel – 2G, 3G ou 4G – deve bater os 4,4 bilhões até o final deste ano, bem mais da metade dos 7,6 bilhões da população mundial. É essa, pelo menos, a expectativa da International Telecommunication Union (ITU), braço da ONU responsável por monitorar o desenvolvimento das telecomunicações ao redor do mundo (PDF aqui).
O número representa um aumento de 200 milhões em relação ao registrado no final do ano passado, que fechou com 4,2 bilhões. O crescimento é menos expressivo do que os mostrados nos períodos anteriores, que viram saltos de pelo menos 400 milhões, e indica uma consolidação da internet mobile ao redor do mundo – e uma dificuldade maior para chegar a mais gente.
Curiosamente, o total provável de 2018 deixa para traz até mesmo a estimativa de usuários de internet para 2020. A ITU não tem uma expectativa definida para assinantes de banda larga móvel – o único número que temos é um da GSMA, que crava 6,5 bilhões de assinaturas ativas em 2020 –, mas prevê que, daqui dois anos, teremos 4,16 bilhões de pessoas usando a internet. A explicação, no entanto, é bem clara: há gente com mais de uma assinatura ativa.
O total consolidado de contas de banda larga móvel ativos em 2017 também bem maior do que o da banda larga fixa, que ficou fechou o ano passado com 979 milhões de assinaturas. Embora esteja caminhando rumo ao bilhão, o crescimento é bem lento desde 2015.
Em comparação com o total de assinaturas de planos de celular, no entanto, o número da banda larga móvel segue atrás por uma margem considerável. Pegando os valores de 2017, ainda há uma diferença de 3 bilhões: são 4,2 bilhões de contas ligadas a redes 2G, 3G ou 4G contra 7,74 bilhões de chips ativos de celular. A expectativa da GSMA, porém, é de que os valores se aproximem cada vez mais nos próximos anos e seja de 1,5 bilhão em 2021.