Se você entrou na febre da Bitcoin em dezembro, as más notícias não param de se acumular. Pela primeira vez desde novembro a moeda virtual passou a ser trocada por valores inferiores a US$ 7.000, o que é quase um terço do valor máximo atingido durante o último mês de 2017, quando a moeda beirou os US$ 20 mil por unidade.
O estrago tem sido grande nos últimos dias, com vários dias de quedas com percentuais de dois dígitos, o que leva alguns a apontar que a bolha está murchando. O gráfico de valorização da Bitcoin nos últimos meses chega a assustar tanto na velocidade com a qual a moeda disparou em dezembro quanto na violência da reversão durante o mês de janeiro e início de fevereiro.
O mercado de criptomoedas já é naturalmente volátil, sem precisar de grandes motivos para disparar ou despencar. No entanto, nesta segunda-feira, 5, há pelo menos dois fatores que estão empurrando os valores para baixo.
A primeira delas é que uma série de bancos e instituições financeiras nos Estados Unidos, incluindo gigantes como JP Morgan, Bank of America e Citigroup, que estão impedindo usuários de comprarem criptomoedas com cartão de crédito, o que é uma barreira enorme para entrada no mercado da Bitcoin e outras moedas virtuais.
Além disso, a China também está colaborando com a derrocada da Bitcoin com uma notícia de que o governo local pretende barrar o acesso a todos os exchanges no país. A medida também deve afetar plataformas de ICOs, um método de financiamento usado por muitas startups para alavancar suas atividades envolvendo blockchain, no qual recebem criptomoedas de investidores em troca de um novo token que pode vir a se valorizar de acordo com o sucesso da empresa.
Como sempre acontece nestes casos, a Bitcoin não é a única moeda a desabar. Todas as principais criptomoedas estão acompanhando a derrocada da Bitcoin, incluindo Ethereum, Litecoin, Bitcoin Cash, Ripple e tantas outras. Basta olhar a quantidade de números vermelhos que você consegue encontrar na lista abaixo, extraída do site CoinMarketCap: