A Boeing tem lutado para levantar a credibilidade de seus jatos 737 Max meses após as consequências de dois acidentes fatais envolvendo os aviões em outubro de 2018 e março deste ano. E agora, a empresa enfrenta um super congestionamento para armazenar todos as aeronaves desse modelo que, ao invés de estarem voando, permanecem em terra o tempo inteiro, esperando por revisões e testes de segurança.

Um dos casos que mais chamou a atenção foi o da fábrica da Boeing em Renton, no estado de Washington. Lá o número de aviões é tão grande que muitos foram deixados no estacionamento dos funcionários, junto com outros carros. No total, existem cerca de 500 unidades dos 737 Max em solo em todo o mundo, e de acordo com a Bloomberg, cerca de 100 desses estão na fábrica em Renton.

 

 

“Estamos usando recursos em toda a Boeing durante a pausa nas entregas do 737 Max, incluindo nossas instalações em Puget Sound, Boeing San Antonio e Moses Lake”, disse o porta-voz da empresa, Paul Bergman, à Business Insider. “Isso faz parte do nosso plano de gerenciamento de estoque”.

O software defeituoso do Boeing 737 Max levou a dois acidentes fatais, que juntos mataram 346 pessoas. O uso do modelo foi interrompido em todo o mundo, após o acidente de março, na Etiópia, gerando um prejuízo à Boeing de US $ 1 bilhão apenas no primeiro trimestre de 2019.

A fabricante também precisa gastar alguns tostões apenas para armazenar os aviões não entregues. A Bloomberg informou que a empresa está gastando cerca de US $ 2.000 por mês para estacionar cada um deles. Além disso, o espaço que cada avião ocupa é de cerca de 28 vagas de estacionamento.

A American Airlines, em particular, acredita que o jato voltará aos céus mais uma vez a partir de setembro, mas a correção do software, que deve consertar a tendência do avião de empurrar o nariz para baixo, ainda não está certificada.

 

Confira o vídeo:

 

Via: Gizmodo