A Caixa Econômica Federal quer entrar para o ramo dos bancos digitais, prometendo a criação de uma instituição financeira separada da atual. Segundo o presidente da empresa, Pedro Guimarães, a ideia é que a nova entidade, que já conta com 100 funcionários, tenha aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo da Caixa em até seis meses.

“Estamos discutindo internamente. Há um consenso que esse é um ponto-chave para o futuro da Caixa Econômica Federal. Já há uma conversa inicial no conselho de administração e algumas conversas no Banco Central”, disse Guimarães. Ele também ressaltou que a nova operação começará a funcionar com 105 contas digitais abertas pela própria Caixa.

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Presidente da Caixa, Pedro Guimarães (foto) espera inaugurar um banco digital independente da financeira estatal em até seis meses. Foto: Reuters/Reprodução

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Serviços oferecidos

Segundo o executivo, a nova empresa terá autonomia completa da Caixa Econômica Federal, atuando em três pilares específicos: o recebimento de benefícios sociais (Bolsa Família, auxílio emergencial e afins), liberação de microcrédito para pelo menos 10 milhões de clientes e, finalmente, crédito imobiliário para famílias de baixa renda – este último, segundo Guimarães, serão mais de 5 milhões de pessoas que poderão usar o app Caixa Tem para pagamento de contas.

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Um banco tradicional entrar no “filão” das instituições financeiras digitais não é algo novo. No início de suas operações, o Next era amplamente atrelado ao Bradesco, por exemplo. Apenas depois de um bom tempo de atuação é que os bancos se separaram, tornando o Next uma empresa distinta (mas que ainda responde ao conglomerado o qual o Bradesco lidera).

Atualmente, os bancos digitais constituem um mercado amplamente dominado por fintechs: conforme noticiamos no Olhar Digital, um estudo recente revelou que o Brasil concentra mais da metade do percentual de investimentos deste setor na América Latina, tornando-se um ponto bastante aquecido de interesse da economia: entre 2015 e 2018, foram quase US$ 2,5 bilhões (R$ 13,30 bilhões, pela conversão direta) movimentados em acordos e negociações envolvendo empresas do ramo.

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Fonte: Agência Brasil