célula de hidrogênio foi a tecnologia escolhida para abastecer as primeiras sondas lunares da Nasa que pousaram na Lua. Além de eficiente, o sistema tem a capacidade de gerar eletricidade no espaço.

Agora, ela cumpre uma nova e importante missão: ajudar a reduzir os gases poluentes que provocam o efeito estufa. Afinal, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que é necessário reduzir pelo menos 45% dos níveis de emissão de CO2 até 2030 se quisermos cumprir o objetivo de zerar a produção do composto até 2050. E para isso, mais alternativas de energia limpa no setor de transportes é fundamental.

E é aí que entram os carros movidos a hidrogênio (FCEVs). Neste sistema, o elemento químico é adicionado a uma espécie de tanque de combustível. Ele sofre compressão e se combina com o oxigênio do ar. Como resultado, a tecnologia produz energia elétrica, enquanto libera vapor de água e ar quente.

Se não bastasse, o FCEV ainda purifica o ar ao filtrar cerca de 99% das partículas durante as reações químicas dentro da célula de combustível. A atividade de 10 mil sistemas desse tipo corresponde ao trabalho de 600 mil árvores na absorção de gás carbônico e purificação do ar.

No entanto, o caminho para a popularização dessa tecnologia ainda é longo. Na Califórnia (EUA), uma das cidades com mais carros movidos à hidrogênio no mundo, o preço médio de um galão de hidrogênio corresponde a US$ 13,99 por quilograma, enquanto um galão de gasolina custa somente US$ 2,59.

Enquanto isso, um estudo feito pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos mostra que em 2019 havia apenas 61 postos de abastecimento de hidrogênio espalhados pelo país, pouco mais dos 58 presentes sete anos atrás. A expectativa, no entanto, é que até 2025, somente a Califórnia já esteja equipada com 200 postos de abastecimento.

 

Fonte: Smithsonian