Jan Koum, CEO do WhatsApp, também se manifestou sobre o bloqueio do aplicativo no Brasil. O executivo, fundador do serviço, deixou claro seu descontentamento com a situação, reafirmando que a justiça pede informações que o aplicativo não tem condições de dar.
“Mais uma vez milhões de brasileiros estão sendo punidos porque um tribunal quer que o WhatsApp entregue informações que nós repetidamente falamos que não temos. Não apenas nos criptografamos as mensagens no WhatsApp para manter as informações das pessoas em segurança, nós também não guardamos o histórico de conversa nos nossos servidores”, reafirma Koum.
“Quando você manda uma mensagem cifrada de ponta-a-ponta, ninguém mais pode ler – nem mesmo nós. Apesar de estarmos trabalhando para colocar o WhatsApp para funcionar o mais rápido possível, nós não temos intenção de comprometer a segurança do nosso bilhão de usuários ao redor do mundo”, conclui ele.
A última frase é especialmente importante. Jan Koum explicita que a criptografia de ponta-a-ponta faz parte dos planos da empresa e que não há nenhuma possibilidade de enfraquecerem a segurança das mensagens para que a justiça possa ter acesso a elas. A justificativa é a mesma de sempre: uma “porta dos fundos” para a justiça também pode ser encontrada pelo cibercrime para interceptar e roubar os dados dos usuários do serviço.
Além disso, o executivo também não mostra qualquer interesse em começar a armazenar as informações dos usuários, como manda o Marco Civil da Internet. A empresa considera que, por não ter representação no Brasil, não precisa seguir estas normas, mesmo que o Facebook, que é dono do WhatsApp, tenha sede por aqui.