As baterias que abastecem os smartphones modernos são compostas de uma mistura de materiais químicos altamente inflamáveis. O mínimo descuido é suficiente para fazer um celular pegar fogo ou explodir, e quase nenhum dispositivo atual está totalmente livre desse risco.
É justamente isso o que Mike Zimmerman, professor da Universidade da Pensilvânia e CEO da Ionic Materials, quer mudar. O cientista revelou nesta semana em um programa de TV do canal PBS, nos EUA, o protótipo de um novo tipo de bateria que não explode.
Para realizar essa ideia, Zimmerman substituiu o eletrólito líquido usado para separar duas camadas de químicos dentro da bateria por um outro material, um polímero plástico. Os íons continuam sendo capazes de circular de um lado para o outro, mas a barreira separadora deixa de ser inflamável.
É justamente essa barreira o que faz com que os celulares de hoje explodam (saiba mais). O cientista provou a eficácia de sua ideia cortando e até perfurando o protótipo da bateria enquanto ela abastecia um iPad ligado. O dispositivo continuou funcionando e nenhum sinal de chamas foi visto durante toda a demonstração.
A proposta parece boa demais para ser verdade, e o próprio Zimmerman concorda. Segundo o cientista, a bateria que não explode ainda está longe de chegar ao mercado devido, principalmente, aos custos de produção em larga escala. Zimmerman acredita, porém, que essa tecnologia – ou uma parecida – chegará ao mercado dentro dos próximos cinco anos.