A última quarta-feira, 1, marcou um evento histórico para o futebol brasileiro, porque foi quando ocorreu o primeiro clássico com transmissão exclusiva para a internet. Atlético Paranaense e Coritiba se enfrentaram às 20h, no horário de Brasília, pelo Campeonato Paranaense e, embora o primeiro tenha saído vitorioso (com um placar de 2×0), ambas as equipes puderam desfrutar de um momento que agradou torcedores dos dois lados.

Sem apoio da cobertura televisiva, cada clube disponibilizou a transmissão em seus próprios canais no YouTube e em suas páginas no Facebook. É difícil precisar a audiência porque há informações que ficam restritas a quem administra as contas dos clubes na internet, mas os dados públicos revelam que o número total de visualizações ficou próximo de 3,7 milhões.

O Coritiba postou três vídeos diretamente relacionados com a partida — sem contar as coletivas pós-apito final. No Facebook, há um com a escalação (com 16 mil visualizações) e a transmissão da partida (875 mil); no YouTube, a transmissão reuniu mais 241,4 mil views.

Já o Atlético postou quatro vezes no Facebook: um vídeo com a escalação (21 mil), a transmissão (2,1 milhões) e seus dois gols (31 mil e 42 mil). No YouTube, há a transmissão (372,3 mil) e a coletiva, que também foi excluída da nossa contabilidade.

Somados, todos esses vídeos geraram 1,1 milhão de visualizações para o Coritiba e 2,5 milhões para o Atlético. Portanto, juntos, os times passaram dos 3,6 milhões de views — com os quebrados, chega-se próximo de 3,7 milhões.

Era para a partida ter sido realizada no dia 19, mas naquela ocasião a Federação Paranaense de Futebol (FPF) impediu o apito inicial alegando problemas de credenciamento. Já os clubes dizem que a entidade se opunha à transmissão independente, algo corroborado por um dos árbitros presentes.

Mas não foi por apelo ao ineditismo que Atlético e Coritiba optaram pela internet. Os dois clubes informaram no dia 17 que prefeririam jogar em frente às câmeras de YouTube e Facebook por não concordarem com a proposta “absurda” da Globo, que queria fechar contratos de três anos por algo em torno de R$ 1 milhão.