A campanha para deletar o Facebook ganhou força nas redes sociais diante do escândalo do acesso e uso indevidos de dados de 50 milhões de usuários por parte da empresa de consultoria política Cambridge Analytica. Só que existe uma segunda parte dessa campanha de abandonar o Facebook: para onde ir depois disso?

Não é fácil suceder um gigante como o Facebook, com 2 bilhões de usuários. É por isso que foi lançado o OpenBook Challenge, que é uma competição que dará US$ 100 mil a quem conseguir criar uma rede social com foco em privacidade capaz de concorrer com o Facebook.

Segundo o site, o objetivo é encontrar sete equipes que tenham o interesse em construir uma rede social para bilhões de pessoas capazes de competir com Mark Zuckerberg, ao mesmo tempo em que protege a privacidade do usuário.

O processo é composto por três partes. Primeiro os interessados deverão se inscrever informando seus planos e os membros que formarão sua equipe; em seguida, serão selecionados 20 times, com quem os responsáveis se comunicarão regularmente por 60 dias enquanto os projetos se desenvolvem. Ao final, serão selecionados os sete projetos mais maduros.

Os criadores do concurso não escondem que o objetivo é criar uma alternativa ao Facebook em relação ao seu modelo de negócios, não sendo necessárias grandes alterações em usabilidade. Participantes podem se basear na rede social de Zuckerberg para seus projetos, mas precisam pensar em outros modelos para viabilizar o projeto tecnicamente, o que pode incluir assinaturas pagas, anúncios não-invasivos ou criptomoedas.

“Nós queremos investir em substitutos que não manipulem as pessoas e que protejam a nossa democracia e agentes negativos que disseminem desinformação”, diz a página.

A competição será bancada pelo investidor Jason Calacanis, que tem sido um crítico ferrenho do Facebook diante do escândalo de privacidade, sugerindo até mesmo que Mark Zuckerberg seja substituído do comando da empresa por Sheryl Sandberg, que é hoje a segunda pessoa mais importante na companhia.