O Facebook deu mais detalhes sobre a tecnologia que está desenvolvendo chamada DeepText. A ideia por trás dela é analisar, palavra por palavra, o que as pessoas publicam na rede social para entender o que as pessoas estão falando. O recurso já está em vigor, e analisa 10 mil posts a cada segundo, em 20 idiomas diferentes.
Segundo a empresa, o nível de compreensão da máquina já está em níveis humanos, analisando não só os posts da rede social, mas também o que é trocado no chat do Messenger, que vai ser útil na era dos bots. No exemplo em inglês, o aplicativo pode distinguir frases como “I need a ride” (“eu preciso de uma carona”) e sugerir solicitar um Uber de “I was going to get a ride” (“eu ia pegar uma carona”) e “I like to ride a donkey” (“eu gosto de montar em burros”), que não deveriam receber nenhum comando.
No entanto, a função mais interessante do DeepText é a possibilidade de melhorar o nível dos comentários do Facebook, principalmente em posts muito movimentados. Se você já viu como fica a área de comentários de posts do fundador da rede social Mark Zuckerberg, vai entender como a mudança pode ser benéfica.
Acontece que nestes posts de grande alcance, pessoas falando idiomas que são incompreensíveis para você frequentemente estão no topo. A ideia é que os comentários que aparecem no topo sejam o mais relevantes o possível para você, em um idioma que você entende, e possivelmente enterrando posts que contenham discurso de ódio como racismo e xenofobia. É uma forma de moderar o conteúdo da rede sem, necessariamente, deletar o conteúdo e enfrentar a ira dos que clamam pela liberdade de expressão.
A ideia é que a capacidade seja expandida para além das 20 línguas suportadas atualmente e chegue a todas as 40 línguas do sistema, o que nem sequer parece uma tarefa difícil. Isso porque, em apenas um final de semana, um engenheiro foi capaz de treinar o sistema para entender indonésio.