O iPhone X, smartphone mais moderno e caro já produzido pela Apple, começa a ser vendido nesta sexta-feira, 3, em diversos países, com exceção do Brasil. E como já é tradição, o novo dispositivo ganhou um desmanche feito pelo site iFixit que mostra o que está por dentro do celular de R$ 7.000 (preço sugerido no Brasil).
Ao abrir o iPhone X, o que mais chama a atenção do iFixit é a existência de duas células de bateria, algo inédito para um iPhone. Juntas, as duas unidades oferecem 2.716 mAh de potência, o que é pouco mais do que o iPhone 8 Plus, que tem uma só célula de bateria de 2.691 mAh.
As duas baterias do iPhone X oferecem mais espaço para que os engenheiros encontrem maneiras criativas de colocar todos os sensores e componentes necessários no aparelho, mas não devem alterar de forma significativa a duração da autonomia do celular, nem para mais e nem para menos.
A placa lógica do iPhone X também é bem menor que o normal, ocupando um espaço equivalente a 70% da placa do iPhone 8 Plus. Segundo o iFixit, a placa foi “dobrada ao meio” para caber no corpo do smartphone, de modo que as duas metades foram soldadas uma à outra. Mais uma novidade em termos de engenharia de iPhones.
O desmanche também mostra em detalhes a composição do Face ID, novo sistema de autenticação biométrica da Apple. O sistema é constituído por um disparador de luz infravermelha; uma câmera frontal que, equipada com um algoritmo de reconhecimento de imagem, detecta o rosto do usuário; um projetor que mapeia o rosto com centenas de pontos invisíveis; e, por fim, uma outra câmera infravermelha feita para ler o mapa criado pelos pontos invisíveis.
Todo o processo ocorre em uma fração de segundo e termina com o celular sendo desbloqueado pelo rosto do usuário. Como nota o iFixit, a tecnologia é uma espécie de miniaturização do Kinect, o sensor de movimentos que a Microsoft lançou para o Xbox 360 e que recentemente teve sua fabricação interrompida. A base para o Face ID foi desenvolvida pela mesma empresa que fez a base do Kinect, a israelense PrimeSense.
Segundo o iFixit, o iPhone X não é tão difícil de reparar na maioria dos casos. Uma tela rachada pode ser substituída sem remover qualquer um dos componentes do Face ID, por exemplo. Mas se o vidro da traseira precisar ser trocado após um acidente, será preciso remover todos os componentes e trocar o chassi completo do smartphone. Em termos de facilidade de reparo, o iPhone X ganhou uma nota 6 de 10, a mesma do iPhone 8.