Para quase tudo na vida temos que fazer opções. E a escolha de um notebook ou PC não é diferente. O mercado oferece inúmeras opções. Temos que escolher marca, modelo, processador, tamanho de tela, tamanho de disco rígido, etc. E aí é que começam as dúvidas que, muitas vezes, terminam em escolhas inadequadas.
Muitas vezes sou questionado, seja por amigos ou clientes, qual equipamento comprar. Também tem aqueles que já me enviam aquela promoção “maravilhosa” seguida das famosas perguntas: “o que você acha?” “Devo comprar?”
Minha orientação e meus questionamentos são sempre os mesmos: para qual finalidade você vai utilizar este equipamento?
Minha experiência tem mostrado que, muitas vezes, as pessoas se frustram com suas compras. Isso porque adquirem equipamentos inadequados, na maioria das vezes pela emoção da promoção e olhando sempre o valor do investimento a ser efetuado.
Então, como ajudá-las fazer a melhor escolha? Quais são as variáveis que devo considerar para ser mais assertivo para comprar um equipamento adequado às minhas necessidades?
Pensando desse modo, considero três aspectos básicos para a escolha de um bom equipamento, são eles: finalidade, dependência e contingenciamento.
E hoje, vamos falar sobre…
Finalidade
Ao abordarmos o item finalidade, temos que nos fazer a seguinte pergunta: para que vamos utilizar este computador? Se uso doméstico ou para entretenimento, por exemplo.
Se o computador será utilizado em casa devemos considerar os aspectos de mobilidade (vamos utilizar em qualquer lugar da casa) ou será um equipamento fixo que possa ser utilizado por vários membros da família.
A maioria dos computadores para uso doméstico possui características de menor custo na sua aquisição e este fator está relacionado diretamente aos componentes que são utilizados na configuração deste equipamento.
Normalmente as máquinas de uso doméstico possuem uma configuração básica, com processadores de menor capacidade, pouca memória e menor capacidade de armazenamento, além de ter uma troca de dados entre o computador e o disco rígido mais lenta. Esse contexto indica que o desempenho da máquina tende a ser mediano.
As configurações acima sugerem que esse computador será utilizado em média entre duas e quatro horas por dia. Nesse caso, para atividades simples como acesso à internet e e-mails, execução de programas para edição de textos e planilhas simples, podendo até ser usado para ver filmes. Neste último caso, com desempenho de qualidade de vídeo reduzidos, uma vez que a memória dedicada para o vídeo e o processamento são compartilhados.
No caso de equipamentos para uso pessoal, um princípio básico é sua mobilidade. Logo, um notebook seria o equipamento mais recomendado dada a sua versatilidade. O aspecto que mais devemos levar em consideração é com qual frequência a pessoa levar este computador consigo nas suas atividades pessoais ou profissionais.
Se as atividades serão exercidas dentro de casa, um equipamento com até 2,5Kg não vai comprometer a mobilidade do usuário. No entanto, se esse computador pessoal precisa estar com o usuário em diferentes ambientes como escola, escritório e outros espaços, o ideal é que seu peso fique entre 1,5 Kg e 1,8 kg para não pesar na hora de transportá-lo. Essa máquina deve conter componentes robustos para suportar o transporte, garantindo boa velocidade de acesso ao disco, para que ele inicie e finalize suas atividades, recuperando ou salvando as informações o mais rápido possível.
Em se tratando do ambiente empresarial ou profissional, temos que redobrar a atenção na hora de selecionar um PC. De início, vamos considerar que um equipamento fica em média 8 horas ligado, com uso contínuo, e com atividades diversas. Em alguns casos, o uso de um segundo monitor aumenta a produtividade em até 50%, tornando o trabalho mais eficiente.
Para trabalhos cotidianos, de elaboração de planilhas, textos, acesso a sistemas e banco, a escolha é por um equipamento com uma boa quantidade de memória e um disco rígido de maior velocidade ou um SSD, que por não ter componentes mecânicos, proporcionam um ganho ainda maior de velocidade e, assim, maior produtividade.
Atividades de desenho, como arquitetura, engenharia e edição de imagens, exigem equipamentos com placas de vídeo dedicadas, processadores mais rápidos e muita memória para que possam responder às necessidades destes profissionais.
Em resumo, um bom equipamento é aquele que é pensado, analisado e dimensionado para as atividades que serão desenvolvidas nele, considerando, principalmente a produtividade que podemos obter com o equipamento corretamente dimensionado. Isso porque, em muitos casos, o que vemos são pessoas paradas em frente a seus equipamentos, aguardando o processamento para realizar o seu trabalho.
Nas próximas semanas, vamos discutir o peso da nossa dependência diária desses equipamentos, como isso impacta no valor do investimento, como proteger nossas informações e qual o melhor investimento na hora da compra. Até lá!