Ao contrário do que pode parecer, trabalhar em grandes empresas de tecnologia nem sempre é tão vantajoso. Em entrevista para o jornal The Guardian, um ex-funcionário do Facebook afirma que a empresa possui uma equipe que espiona e pune os colaboradores que estão agindo contra a política da empresa.

O funcionário, que não informou o seu nome real, conta que recebeu uma mensagem de seu gerente informando que ele iria receber uma promoção. Porém, quando se encontraram no dia seguinte, ele foi levado para uma reunião com a equipe de investigações internas, que é liderada pela chefe de investigações da empresa, Sonya Ahuja.

Eles estavam investigando o funcionário porque ele tinha passado algumas informações do Facebook para um jornalista e entre as provas estavam conversas no bate-papo, incluindo de conversas de antes de ele entrar na empresa, links que ele clicou e capturas de tela que ele tirou.

“É horrível o quanto eles sabem”, afirma. “Você entra no Facebook e tem esse sentimento caloroso e distorcido de ‘estamos mudando o mundo’ e ‘nos preocupamos com as coisas’. Mas aí você descobre o seu lado ruim e, do nada, está cara a cara com a polícia secreta do Mark Zuckerberg”.

Enquanto a Apple, por exemplo, trabalha com um esquema de segredo sobre os seus produtos que ainda não foram lançados, empresas como o Google e o Facebook não se preocupam tanto com o sigilo de projetos entre os funcionários e para se protegem de roubo de propriedade intelectual e outras atividades criminosas são usados contratos de confidencialidade e vigilância digital abusivos.