Policiais dos Estados Unidos usam dedos de mortos para conseguir desbloquear iPhones e acessar informações que podem ajudar em investigações, de acordo com reportagem da Forbes. A prática é cada vez mais comum e é usada por autoridades tanto federais quanto locais pelo país.

Em um caso citado pela reportagem, policiais usaram o dedo de uma vítima de overdose para desbloquear o aparelho e conseguir informações sobre o traficante que forneceu as drogas para ela.

Ao menos dois estados norte-americanos já fazem isso com frequência: Nova York e Ohio. Mas outras regiões dos EUA também podem usar dedos mortos para furar bloqueio de aparelhos.

A prática não representa nenhum tipo de violação de privacidade, já que as leis estadunidenses entendem que não há interesse privado em corpos mortos, segundo especialistas consultados pela Forbes.

Além disso, a partir do momento que uma informação foi compartilhada com alguém, a pessoa perde o controle sobre como ela pode ser usada ou protegida – assim, nenhuma pessoa viva pode afirmar ter a privacidade violada por informações encontradas em aparelhos de pessoas mortas.

Em 2015, a Apple enfrentou o FBI para não fornecer uma maneira de acessar dados do smartphone de uma pessoa morta – no caso, era de um terrorista relacionado ao atentado de San Bernardino. O FBI acabou conseguindo outra forma para quebrar a criptografia do iPhone após a Apple se recusar seguidas vezes de fornecer acesso às informações.