Ontem à noite durante a cerimônia do Oscar, a Netflix levou para casa um prêmio importante. O documentário “Icarus”, uma narrativa sobre casos de doping em esportes competitivos produzido pelo próprio serviço de streaming, ganhou a estatueta de melhor documentário da premiação.
“Icarus” estreou na Netflix em agosto do ano passado e ainda está disponível. Ele estava concorrendo ao lado de “Strong Island”, que também foi produzido pela Netflix, para melhor documentário. O serviço de streaming ainda tinha outras quatro indicações graças ao filme “Mudbound”, que disputou os prêmios de melhor roteiro adaptado, canção original, fotografia e atriz coadjuvante. Embora ele tenha marcado a primeira vez que uma mulher foi indicada por melhor fotografia, ele não levou nenhum prêmio.
O trailer de “Icarus” pode ser visto abaixo:
Streaming no Oscar
Como o TechCrunch lembra, não foi a primeira vez que um filme de um serviço de streaming brilhou na premiação da academia. No ano passado, a Amazon teve uma performance ainda mais impressionante no Oscar: “Manchester By The Sea” levou as estatuetas de melhor ator e melhor roteiro original, enquanto “The Salesman” venceu o prêmio de melhor filme em língua estrangeira.
Mesmo assim, o reconhecimento é importante para a Netflix porque, diferentemente da Amazon, ela não costuma permitir que as suas produções originais estreiem nos cinemas – o que já lhe causou alguns atritos. Foi o caso de quando o filme “Okja”, produzido pelo serviço, disputou o prêmio máximo do Festival de Cannes: a indústria cinematográfica não gostou da decisão do festival, e o logo da Netflix foi vaiado quando apareceu no começo do filme.
Dentre os filmes produzidos de maneira “alternativa” que marcaram presença na premiação, vale a pena destacar também “The Silent Child“. A produção, que foi financiada por meio do site Indiegogo, venceu o Oscar de melhor curta.