A Foxconn Technology Group, maior grupo de montagem de dispositivos da Apple (entre outras fabricantes), demitiu cerca de 50 mil trabalhadores contratados na China desde outubro, meses antes do período normal de dispensas, informou o jornal japonês Nikkei na sexta-feira.
A escala dos cortes não é necessariamente mais profunda do que nos anos anteriores, mas ela foi feita significativamente mais cedo, disse a reportagem, citando uma fonte da indústria familiarizada com a situação.
“Foi bem diferente pedir aos trabalhadores da linha de montagem que saiam antes do final do ano”, disse a fonte ao Nikkei.
No início deste mês, Nikkei relatou que a Apple reduziu o plano de produção do trimestre atual dos novos iPhones em 10%. A explicação foi devido a desaceleração da demanda na China, o maior mercado de smartphones do mundo.
No último dia 02 de janeiro, por meio de uma carta, Cook alertou os investidores que os lucros do último trimestre de 2018 da Apple seriam cerca de US$ 9 bilhões abaixo do esperado, uma vez que menos consumidores compraram os novos (e mais caros) iPhones. Além da desaceleração na China, uma das causas para essa queda de vendas, segundo Cook, seria o programa de atualização de bateria com desconto, lançado em dezembro de 2017. Com essa ação, muitos dos usuários do celular da Maçã optaram por substituir suas baterias, ao invés de comprar novos iPhones. Nessa semana, foi divulgado ainda que número de baterias substituídas pode ter chegado a 11 milhões.
A Foxconn, formalmente conhecida como Hon Hai Precision Industry, não comentou o assunto.