No mesmo dia em que o Instagram entregou o recurso que copia uma das últimas exclusividades do Snapchat, o homem responsável por pegar funcionalidades emprestadas da concorrência mostrou que a polêmica é tratada como um assunto superado na sua empresa.
No palco do TechCrunch Disrupt NY, Kevin Well, vice-presidente de produto no Instagram, argumentou que é “assim que a indústria de tecnologia funciona”. “[E], francamente, é como todas as indústrias funcionam. Ideias boas começam em um lugar, e elas se espalham por toda a indústria. Parabéns ao Snapchat por ter sido o primeiro para o Stories, mas isso é um formato e será adotado largamente através de muitas plataformas diferentes”, continuou.
“Acho que seria francamente tolo de nós se disséssemos: ‘Opa, está vendo aquela boa ideia ali que está realmente respondendo à necessidade que as pessoas têm de compartilhar mais momentos das suas vidas? Porque uma pessoa fez aquilo, não podemos nem chegar perto daquela ideia.'”
As declarações de Well vão ao encontro do que já disse o seu chefe, o CEO do Instagram, Kevin Systrom, que considera o que move o Snapchat um formato, e não uma tecnologia. E há mais desenvolvedores dentro do ecossistema do Facebook que seguem essa linha de pensamento. No começo do ano, um ex-funcionário contou que muita gente por lá compara a situação ao “ao vivo”, que apareceu em serviços pequenos e hoje está presente em tudo quanto é rede social.
O VP de produto concorda, mas sua analogia é mais abrangente: “[A] Pixar foi a primeira a fazer filmes de computação animada, mas eu acho que estamos todos melhores por causa de gente como os caras da Dreamworks, que também estão trazendo ótimos filmes.”