O Instagram começou a agir de forma mais firme contra perfis falsos que se engajem no que a empresa define como “comportamento não autêntico“. A partir de agora, o app começará a solicitar uma prova de identidade quando perceber ações indevidas, para evitar que a plataforma seja usada para difundir desinformação.

Com a novidade, a partir desta quinta-feira (13), quando o aplicativo perceber ações que desviem do padrão de uso, a pessoa por trás da conta deverá confirmar suas próprias informações. Segundo o Instagram, isso permitirá entender quando esses perfis são usados para enganar o público e responsabilizar seus autores quando necessário.

A novidade não deve afetar a maioria dos usuários, e deve mirar os perfis que atuam como bots e se envolvem no que é definido como “comportamento não autêntico coordenado”, agindo em redes de desinformação. É algo muito diferente de ter um perfil com um nome falso por diversão.

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Para detectar esse tipo de atividade, o Instagram deve analisar uma série de sinais distintos, como, por exemplo, se um percentual muito grande de seguidores de uma conta está em um país diferente da localização do usuário. Também pode ser analisado um comportamento automatizado, como o de um bot.

Quando o Instagram perceber atividade do tipo, serão solicitadas provas de que existe uma pessoa real por trás do perfil. Assim que essas informações forem fornecidas, o perfil será liberado novamente, mas também há a possibilidade de que haja um tempo antes da liberação se for necessário investigar mais a fundo algum dado. Quem se recusar a revelar essas provas pode ter seu alcance cortado ou a conta suspensa.

O Instagram se compromete a manter os dados fornecidos nesta prova por um período máximo de 30 dias e reafirma que as informações não serão vinculadas publicamente aos perfis. “A identificação por meio de pseudônimos ainda é uma parte importante do Instagram”, diz o comunicado

Em julho, por exemplo, uma ação derrubou uma rede de páginas e contas ligadas ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro que apresentavam esse tipo de comportamento coordenado considerado inautêntico. No Instagram, especificamente, foram excluídas 38 contas que se utilizavam de identidades falsas para publicar spam em forma de memes e atacar adversários políticos, além de utilizar mecanismos que ferem as regras da plataforma para inflar o alcance dos posts.