A Intel realizou nesta terça-feira, 5, um evento para apresentar as principais novidades da empresa para o mercado brasileiro e que contou discursos recheados de termos como “mobilidade”, “praticidade” e “leveza”. Mesmo que a companhia tenha produtos voltados para o segmento high-end (principalmente para o público gamer), o grande destaque da apresentação deu-se por conta da clara aposta em dispositivos cada vez menores e que já cabem até no bolso.

Quem conhece um pouco da história dos computadores, sabe que os primeiros modelos produzidos ocupavam salas inteiras. O Electronic Numerical Integrator And Computer, popularmente conhecido pela sigla ENIAC, por exemplo, nasceu em 1946 e realizava milhares de operações por segundo. Mesmo fundamental na Segunda Guerra Mundial, a máquina com cartões perfurados era um verdadeiro trambolho em termos de tamanho.

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Décadas depois, os usuários se acostumaram a contar com gabinetes convencionais com cerca de 45 cm de altura por 50 cm de profundidade. Os notebooks vieram em seguida para facilitar o transporte do computador. Mas, mesmo os mais leves e compactos não são assim tão práticos. Quer dizer, você ainda vai precisar de uma mochila ou pasta para carregá-los com segurança.

O NUC, minicomputador da Intel, é um exemplo de como o cenário pode mudar. Ele tem tamanho semelhante a um roteador e, dependendo do modelo, pode entregar potência de sobra para a execução de jogos atuais.  Claro, ele ainda precisa de uma tela para funcionar, mas isso não é problema, principalmente com a evolução dos aparelhos mobile e dos recursos de streaming.

A Intel não fala em centímetros, mas utiliza outra unidade de medida para mostrar o avanço da tecnologia em termos de praticidade. Os gabinetes convencionais ocupam 50 litros de espaço, enquanto um minicomputador ocupa cerca de 1 litro. Há ainda produtos de 500 ml, ou seja, 99% menores do que um gabinete comum. Outro pequenino é o computer stick que é semelhante a um pendrive e conta com somente 50 ml de volume.

São com essas comparações que a Intel projeta um futuro com computadores mais práticos e com capacidade de entregar resultados gráficos semelhantes aos de “máquinas de grande porte”. Por outro lado, se o tamanho diminui, o mesmo não se pode esperar dos preços.  O Skull Canyon, para se ter ideia, sai a partir de US$ 650 nos Estados Unidos na configuração de entrada. 

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