Um órgão regulador dos Estados Unidos está investigando a Intel por acusações de discriminação de idade. De acordo com um documento da U.S. Equal Employment Oppotunity Commission obtido pelo The Wall Street Journal, ex-funcionários dizem que as ondas de demissões promovidas pela empresa há três anos, que resultaram em 10.000 cortes, tiveram como base a idade: os mais novos ficaram, e os mais velhos foram mandados embora.
A reportagem diz que diversos ex-contratados da Intel buscaram apoio legal após as demissões para saber se poderiam ou não entrar com processo contra a companhia e muitos deles “prestaram queixa ao órgão regulador”. O problema de discriminação de idade é recorrente na indústria de tecnologia, visto que trabalhadores mais velhos ou com mais tempo de casa tendem a ganhar mais, o que justifica uma investigação.
Em comunicado ao jornal, a Intel garante que “idade, raça, nacionalidade, gênero, status de imigração e outros dados demográficos” não foram considerados no processo de cortes. Pelas contas do WSJ, a média de idade dos funcionários demitidos era de 49 anos, sete a mais do que a média de idade dos contratados que continuaram na empresa.
O documento do órgão norte-americano obtido pelo WSJ indica que as investigações ainda não foram concluídas. Caso provas suficientes sejam encontradas, a instituição deve entrar com um processo contra a Intel. Do contrário, os ex-funcionários serão apenas avisados e ficará a critérios deles mesmos processar ou não a empresa.