Saiu a primeira condenação de Julian Assange, o fundador do WikiLeaks: ele foi sentenciado pela corte britânica a 50 semanas (quase um ano!) de prisão por não pagar a fiança enquanto aguardava a extradição para a Suécia (referente a acusações de abuso sexual) em 2012. Segundo a juíza Deborah Taylor, é difícil imaginar um exemplo mais sério desse tipo de infração.

A decisão ocorreu hoje (1º) e a justiça britânica se reúne amanhã (2) para avaliar se Assange deve ser extraditado pra os EUA. Por lá, ele é procurado por participar de conspiração para cometer invasão de computador — ação que permitiu a coleta e a publicação de milhares de documentos diplomáticos confidenciais.

Segundo os procuradores norte-americanos, Assange conspirou em parceria com Chelsea Manning — uma ex-analista de inteligência do exército dos EUA — para ajudá-la a descobrir uma senha que permitisse a invasão do sistema de computadores do governo com um nome de usuário diferente. O acusado se declara inocente e diz que seu trabalho deve ser protegido, já que se trata de jornalismo e é de interesse público.

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Asilo retirado

Depois que sua apelação para evitar a extradição para a Suécia foi negada pela justiça britânica, Assange não se entregou para as autoridades locais. Em vez disso, ele procurou asilo na Embaixada do Equador, onde permaneceu por quase sete anos, até 11 de abril.

Seu advogado, Mark Summers, diz que o fundador do WikiLeaks ignorou o pedido da corte e procurou ajuda no órgão equatoriano porque temia que a Suécia o entregasse para os EUA. Quando teve seu asilo retirado pelo governo do Equador, entretanto, foi imediatamente entregue à Polícia Metropolitana de Londres.