Você se lembra do pager? O pequeno acessório servia para recebimento de mensagens rápidas em qualquer lugar do mundo e foram bastante populares durante os anos 90, mas acabaram caindo em desuso com a popularização dos celulares e das mensagens SMS. Apesar disso, o Japão ainda mantinha um serviço de pager ativo – mas agora ele será desativado.
A Tokyo Telemessage Inc. é a última empresa a ainda oferecer um serviço de pager no Japão. São cerca de 1,5 mil assinantes, incluindo especialmente funcionários de hospitais e de serviços de emergência, que vão perder o acesso ao pager a partir de setembro de 2019. A justificativa dada pela empresa é a falta de demanda – o que faz bastante sentido.
O curioso é que os pagers em si já foram descontinuados há tempos – a Tokyo Telemessage encerrou a fabricação dos aparelhos em 1998, e as unidades atuais são algumas das que restaram daquele tempo.
O presidente japonês Hidetoshi Seino disse que, no lugar do pager, a Tokyo Telemessage vai usar a frequência para um novo serviço de rádio para resposta a desastres dentro do país.
Como eram os pagers
O serviço de pagers foi iniciado no Japão em julho de 1968 – ou seja, durante mais de 50 anos o país foi coberto pelos pequenos dispositivos.
O auge da popularidade dos pagers foi nos anos 90. Apenas no Japão, mais de 10 milhões de pessoas assinavam serviços em 1996, incluindo desde profissionais de áreas como saúde e do governo, até adolescentes em idade estudantil que se comunicavam pelo dispositivo.
A maioria dos pagers servia apenas para receber mensagens. O serviço funcionava assim: quando você quisesse enviar algo para o pager de um colega, precisava discar para uma central da operadora, informar a mensagem, e ela era repassada via rádio para o dispositivo da pessoa.
Em tempos passados, quando meios de comunicação como as mensagens instantâneas do WhatsApp não existiam, o serviço era bastante eficiente. Mas, com a ascensão dos celulares e das mensagens SMS, os pagers perderam espaço e acabaram sendo esquecidos – como ocorre com muitas tecnologias por aí.