No começo de março, o Spotify começou a chamar a atenção de usuários que pirateiam a versão grátis do aplicativo para remover anúncios. Nesta semana, a empresa revelou quantas pessoas já fizeram isso: 2 milhões.
Quem não paga pelo Spotify só pode ouvir músicas online, em aleatório e com propagandas entre as faixas. Mas existem ferramentas que removem essas restrições e permitem aproveitar o app como se fosse a versão Premium, só que sem pagar.
O Spotify disse, em um relatório encaminhado à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), que estes 2 milhões de usuários piratas forçara a companhia a reajustar métricas e indicadores de performance.
“Acesso não-autorizado ao nosso serviço pode nos fazer tomar por engano indicadores importantes”, explica a empresa. Esse erro na hora de coletar dados, como o número de assinantes, pode “prejudicar a confiança dos investidores” e derrubar o valor das suas ações.
Por conta disso, o número total de usuários do Spotify, que, segundo a empresa, era de 159 milhões até o fim de 2017, precisou ser corrigido: são, na verdade, 157 milhões, descontando aqueles que hackearam a versão grátis do app.
Toda essa explicação do Spotify à SEC se dá pela legislação dos EUA, que obriga que dados de performance sejam divulgados de forma exata para não prejudicar investidores. A empresa se prepara para estrear na bolsa de valores em breve.