Uma máquina detectora de mentiras criada pelo professor Aaron Elkins, da Universidade Estadual de San Diego, consegue identificar inconsistências e mentiras em 90% dos casos em que foi testada. O índice, segundo o pesquisador, é maior do que os 54% obtidos por especialistas em segurança que trabalham para encontrar criminosos.

O dispositivo, que recebeu o nome de Avatar, uma abreviação para Automated Virtual Agent for Truth Assessments in Real-Time, usa uma série de sensores e um sistema de inteligência artificial para analisar dezenas de sinais do corpo e determinar uma espécie de pontuação de risco aos usuários. A análise, segundo Elkins, leva apenas um minuto.

Em aeroportos, por exemplo, a máquina faz perguntas como “Qual é o seu nome?”, “Para onde você vai viajar”, “Você viaja a trabalho ou lazer?”, entre outras. O agente virtual mantém sua voz no mesmo tom, o que, segundo o criador, garante uma interação mais consistente.

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Enquanto responde às perguntas, o viajante tem seu corpo digitalizado por uma série de sensores, verificando detalhes como as expressões faciais, o que é dito e como é dito, além da dilatação da pupila e da direção do olhar.

Elkins conta que, ao longo da entrevista, o agente começa a fazer perguntas “que podem fazer alguém que está mentindo se sentir desconfortável”.

A pontuação é enviada a um agente de segurança e, caso seja necessário, a pessoa é convidada a uma entrevista mais completa.

O desenvolvedor da máquina sugere que ela pode ser usada de outras maneiras, como para procurar candidatos perfeitos a certas vagas de emprego com base em seus traços de personalidade.

Via Seeker