Quem já usou algum visor de realidade virtual na vida sabe que o momento em que a imersão é imediatamente quebrada é aquele em que você precisa tocar alguma coisa. As imagens dizem ao seu cérebro que você está segurando algo, mas sua pele não sente nada, o que faz a magia ser quebrada imediatamente e lembra o jogador de que aquilo é só um videogame. Uma nova pesquisa da Microsoft tenta resolver exatamente este problema.
Os controles de VR da atualidade vibram para indicar o toque em algum objeto, mas a sensação está longe de ser próxima da realidade de tocar em alguma coisa. É aí que entra o NormalTouch e o TextureTouch, que são duas tecnologias distintas que funcionam em conjunto para tornar os objetos virtuais palpáveis.
O NormalTouch usa uma pequena plataforma que se movimenta de acordo com a superfície do objeto tocado. Se você passar o dedo virtual sobre uma bolinha, a plataforma vai se mexer para tentar replicar o toque nesta esfera, como indicado no vídeo abaixo. Já o TextureTouch funciona para, como diz o nome, replicar a textura de um objeto. São 16 pinos que se movem para representar a superfície do que está sendo tocado.
Estes dois controladores funcionam com base em um sistema de rastreamento chamando OptiTrack. Para testar a tecnologia, os pesquisadores estão usando um Oculus Rift, mais especificamente o kit de desenvolvimento 2 (DK2).
A questão é o quão viável seria levar esta tecnologia para o mercado final. Oculus Rift e Vive já estão aí para serem comprados por qualquer interessado, com suas soluções táteis muito menos eficazes em replicar a experiência de tocar em objetos virtuais, mas muito mais em conta. Quanto tempo vai demorar até a tecnologia da Microsoft ser aplicada a um produto real? E quanto isso custaria?