Com a realidade virtual sendo apontada como uma das principais tendências para os próximos anos, a capacidade de criar um ambiente semelhante ao real é um processo extremamente importante. No entanto, a tarefa é cara e trabalhosa e envolve, em grande parte, a modelagem avançada em 3D e centenas de horas de trabalho. No entanto, pesquisadores de Ciência da Computação do MIT e do Laboratório de Inteligência Artificial (CSAIL) desenvolveram um novo método que pode facilitar o trabalho.

Apelidado de ‘dinâmica interativa de vídeo’ (IDV), o método usa câmeras e algoritmos tradicionais para analisar e identificar vibrações quase invisíveis de um objeto, para criar uma simulação com a qual os usuários podem interagir virtualmente. Ao identificar os modos de vibração, os pesquisadores descobriram que podiam prever a forma como os modelos se movem em uma simulação realista. Assim, estes itens podem ser empurrados, puxados e empilhados, assim como na vida real. 

Em vez de usar uma tela verde para criar o cenário, o algoritmo pode utilizar a informação existente em vídeos para criar estas simulações, mesmo em um ambiente não controlado.

“Os gráficos de computador nos permitem usar modelos 3D para construir simulações interativas, mas as técnicas podem ser complicadas. O novo método oferece uma maneira simples e inteligente para extrair um modelo de dinâmica útil desde muito pequenas vibrações em vídeo, e mostrado como usá-lo para animar uma imagem”, explica Doug James, professor de ciência da computação na Universidade de Stanford, que não está envolvido na pesquisa.

A nova técnica pode, por exemplo, reduzir os custos de filmes, projetos arquitetônicos e até melhorar o uso da tecnologia em tratamentos de doenças psicológicas.
“A capacidade de colocar objetos do mundo real em modelos virtuais é valiosa, não apenas nas aplicações de entretenimento óbvias, mas também por ser capaz de testar o stress em um ambiente virtual seguro, de uma forma que não prejudique a contraparte do mundo real “, declara Davis.

Via TheNextWeb