Luiz Guimarães é diretor de Business Affairs do Looke, serviço de streaming de filmes e séries que custa a partir de R$ 16,90 por mês e é considerado “rival” da Netflix. Mas ele prefere não usar esse termo. “Os serviços de streaming são complementares, não rivais”, diz.

Guimarães explica. O Looke é um serviço que, além de oferecer filmes e séries para você assistir pela internet, também permite o aluguel e compra de títulos recém-lançados em formato digital. O seu catálogo é bem diferente do da Netflix e conta com produções até da rede Telecine.

Além disso, o serviço ganhou nesta semana um recurso de fazer inveja no concorrente: filmes e séries offline. O usuário pode baixar algum conteúdo para assistir depois, quando não estiver conectado à internet, o que a Netflix não permite. Como no Spotify, os vídeos só podem ser assistidos pelo app do Looke.

Esses e outros motivos fazem Guimarães acreditar que, no futuro, a Netflix será apenas “mais um” serviço de streaming entre muitos outros, e todos complementares. “Um serviço sozinho não consegue cobrir tudo o que existe de conteúdo no mercado. Cada um tem a sua curadoria”, comenta.

“A Netflix não absorve nem 10% da produção profissional de audiovisual em todo o mundo. Se hoje a Netflix fala que 50% de seu conteúdo será de produções próprias, significa que o volume de conteúdo de fora vai diminuir ainda mais”, diz Guimarães.

O executivo conclui que o usuário, em um futuro próximo, não precisará escolher entre assinar um serviço ou outro. Em vez disso, terá diversas opções complementares para satisfazer seus gostos. “Não tem como fugir. [A Netflix] não pode se sustentar como serviço único”, afirma.