O Netflix finalmente iniciou os testes de uma assinatura mais barata nesta quarta-feira, 14. O novo plano poderá ser usado somente no aplicativo para smartphones e terá um custo de pouco mais do que R$ 15. No entanto, a novidade só está disponível na Malásia até o momento e deve focar inicialmente em mercados asiáticos.
Reportado inicialmente pelo jornal malaio The Stars, o novo plano do Netflix tem algumas diferenças consideráveis em relação aos demais. Em primeiro lugar, os usuários estarão limitados aos seus smartphones com Android ou iOS, não sendo possível acessar o conteúdo em computadores ou televisores. Além disso, o catálogo do site será oferecido apenas em SD (480p), sem suporte às resoluções HD (720p/1080p) ou 4K (2160p).
No que diz respeito à mensalidade, o plano móvel do Netflix teve um corte no preço considerável. No país asiátivo, a versão exclusiva para celulares custa RM 17 (R$ 15,37), enquanto o pacote básico com resolução HD e acesso em outros dispositivos sai por RM 42 (R$ 40). Além disso, o novo produto custa três vezes menos que o pacote Ultra HD, que sai por RM 51 (R$ 46).
De olho no mercado asiático
O novo plano do Netflix chega meses após a empresa dizer que pretendia experimentar novos modelos de negócios. Ao que tudo indica, o foco desta nova modalidade seria ganhar assinantes em mercados onde o smartphone é o principal dispositivo de entretenimento e computação. Afinal, uma publicação do Recode revelou que, enquanto cerca de 30% das assinaturas globais são feitas por celulares, em países como a Tailândia este índice chega a 57%.
A oferta de um pacote mais barato também ajudaria a Netflix a aumentar a sua base de consumidores em mercados emergentes. Afinal, embora seja líder global de streaming, a empresa americana enfrenta uma forte concorrência de competidores locais na Ásia.
Por enquanto, a Netflix não se manifestou sobre o novo plano lançado na Malásia. Além disso, ainda não há informações se a modalidade será levada para outras partes do mundo, como a América Latina. Mas, considerando que o celular já é o a principal forma de acesso à internet no Brasil, não seria estranho a empresa trazer este experimento para cá no futuro.
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