A ideia do Facebook com o MarketPlace era integrar uma plataforma de compra e venda de produtos ao site semelhante ao Ebay e ao Mercado Livre. O resultado é que, em menos de 24 horas após o lançamento do serviço, já haviam publicações de venda de armas, drogas e até de animais exóticos, como um porco-espinho.
Todos esses artigos violam os termos de uso do site que não permite o comércio de produtos ilegais. Contudo, a fiscalização do site não foi capaz de brecar os vendedores que usaram a página para anunciar seus produtos que dificilmente seriam encontrados no Ebay, mas no extinto SilkRoad.
De acordo com reportagem do The New York Times e publicada na Folha de S. Paulo, foram encontradas drogas ilegais, armas, cachorros e filhotes de porco-espinho, além de anúncios relacionados com prostituição.
A função estreou nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido em 3 de outubro – mas só deve chegar ao Brasil nos próximos meses -, e no mesmo dia já havia um pedido de desculpas da administração do site.
Segundo Mary Ku, diretora de gestão de produtos da rede social, houve uma falha técnica que impediu que o sistema de revisão de publicações do Facebook identificasse os posts que violam as normais comerciais da empresa e os padrões da comunidade. “Estamos trabalhando para resolver os problemas e monitoraremos de perto nossos sistemas para garantir que estejamos identificando devidamente e removendo violações antes de permitir que as pessoas retomem o acesso ao Marketplace”, afirmou a executiva.
Retrospecto não é bom
Resta saber como o Facebook vai trabalhar para impedir que o comércio produtos ilegais sejam comercializados pelo site. Vale lembrar que diversos grupos dentro da rede social já contam com publicações de envolvendo tráfico de drogas e armas.
Quando questionado pelo Olhar Digital durante as reportagens, o site que trabalha com denúncias feitas pelos próprios usuários usando as ferramentas específicas para este fim que estão presentes na plataforma. Sem as denúncias, porém, o conteúdo das páginas dificilmente desaparecerá.
Ao todo, mais de 450 milhões de pessoas por mês visitam os grupos de compra e venda existentes dentro da rede social.