Uma reportagem da Bloomberg assinada pelos jornalistas Mark Bergen e Mark Gurman e publicada nesta quinta-feira, 19, revelou detalhes inéditos sobre o Fuchsia OS, novo sistema operacional que engenheiros do Google estão desenvolvendo.
Fontes da reportagem que não quiseram se identificar disseram que a equipe de engenheiros do Google que trabalha no Fuchsia planeja ter “dispositivos domésticos conectados”, como caixas de som inteligentes, rodando o software em três anos.
Depois disso, a equipe vai trabalhar para adaptar o Fuchsia OS para notebooks, e em seguida, o plano será transformá-lo num sucessor do Android, rodando em smartphones e tablets, em até cinco anos. Oficialmente, porém, o Google não confirma os planos.
O Google admitiu estar trabalhando em um novo sistema operacional chamado Fuchsia pela primeira vez em 2016. De lá para cá, porém, pouca coisa a respeito dele foi divulgada. Ninguém sabe ainda como o software se encaixará no portfólio da empresa, que tem também o Android e o Chrome OS.
Segundo a reportagem da Bloomberg, os planos do Google para o Fuchsia OS são ousados. A empresa quer que o software substitua o Android e o Chrome OS por completo, e que seja utilizável em smartphones, tablets, PCs e caixas de som inteligentes (“smart speakers”).
A ideia é que o Fuchsia OS seja usado não apenas pelos produtos do próprio Google, como o celular Pixel e o laptop Pixelbook, mas também por dispositivos de empresas parceiras que usam hoje o Android ou o Chrome OS, como Samsung, Asus e LG, por exemplo.
Além disso, o Fuchsia OS tem sido preparado para superar as limitações do Android. Os engenheiros que trabalham no sistema querem que ele possa ter a mesma aparência em múltiplos dispositivos de fabricantes diferentes e que possa receber atualizações mais rapidamente.
Por enquanto, porém, os planos não são endossados oficialmente pela administração do Google. A ideia de que o Fuchsia OS possa substituir o Android ainda é explorada por engenheiros e alguns executivos de níveis mais baixos, mas não está nos planos do CEO Sundar Pichai no curto prazo.