Volta e meia a equipe de pesquisas da Disney compartilha novidades sobre o trabalho tecnológico que desenvolve, exibindo desde sistemas que melhoram a qualidade na criação de animações a um método que transforma uma sala em um “carregador sem fio gigante”. Nesta quarta-feira, 26, a empresa revelou um sistema de inteligência artificial, desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia da Califórnia, capaz de entender como as pessoas se sentem e reagem a qualquer filme.
As expressões faciais, como relata o TechCrunch, são confiáveis na hora de perceber se alguém está aproveitando algo ou não, além de serem modificadas em tempo real. Em testes, a novidade se mostrou melhor do que as soluções existentes para capturar informações complexas e em movimento, como a mudança de um rosto ao assistir a um filme.
O mapeamento e comparação das expressões também acontece rapidamente. Durante os experimentos da Disney, o sistema conseguiu identificar, por exemplo, quanto tempo a audiência demorou para se empolgar com o que estava vendo e, mais tarde, passou a prever quando algo chamaria a atenção do público.
O projeto está em fase inicial e os resultados são animadores, mas a Disney garante que há muito o que fazer. “ÉÂ muito mais informação do que um ser humano vai examinar. É quando os computadores entram: para resumir os dados sem perder detalhes importantes”, explica Peter Carr, um dos responsáveis pelo estudo.
Vida real
Para quem assiste aos filmes, a adoção de um sistema capaz de prever a reação das pessoas de maneira cada vez mais acertada pode, no futuro, eliminar as chances de não se gostar do que está vendo. Para as empresas, isso significa uma redução nas chances de prejuízo por rejeição dos espectadores.
“Compreender o comportamento humano é fundamental para o desenvolvimento de sistemas que apresentam maior inteligência comportamental e social. Por exemplo, o desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial para auxiliar no monitoramento e no cuidado de idosos depende de pistas de sua linguagem corporal. Afinal, as pessoas nem sempre dizem explicitamente que são infelizes ou têm algum problema”, conta Yisong Yue, da Universidade de Tecnologia da Califórnia.