A nova linha de smartphones top de linha da Sony, chamada Xperia X, é uma nova aposta da companhia para brigar pela faixa mais avançada dos celulares. No entanto, a empresa precisará enfrentar uma barreira chata para se popularizar: dos 32 GB de armazenamento interno que nos modelos X e X Performance trazem, apenas 20 GB estão disponíveis para o uso do consumidor.

A informação assusta porque mostra que a ROM do Android usada no aparelho da Sony está inchadíssima, ocupando 12 GB. Para comparação, o Windows 10 de 64 bits, um sistema operacional completo para desktops ocupa aproximadamente o mesmo espaço de um HD para computadores.

É a segunda vez que a Sony recebe um puxão de orelha pelo mau uso do armazenamento de seus smartphones. Na época em que a empresa revelou o Xperia M4 Aqua, o aparelho tinha uma versão de 8 GB, que só tinha 2 GB disponíveis para seus usuários. Pelo menos quando o modelo chegou ao Brasil, apenas a versão de 16 GB estava disponível.

O M4 Aqua tinha 6 GB indisponíveis ao usuário; o Xperia X dobrou esse valor. Isso mostra uma tendência bastante desagradável de inchaço do Android por parte da empresa. Existem outras empresas que fazem um uso muito melhor do espaço, e conseguem oferecer uma experiência satisfatória com apenas 16 GB embarcados, com o sistema ocupando apenas cerca de 4 GB. No caso do Xperia X, 32 GB são o mínimo para um uso adequado.

Em defesa da Sony, a empresa ao menos tem a sensibilidade de manter a entrada para cartão microSD em todos os seus aparelhos, o que ameniza o desconforto de ter 37,5% do armazenamento do celular inutilizável pelo sistema, especialmente quando você tem 32 GB. A comparação é especialmente desfavorável com os models da linha Z5 (a geração passada de tops de linha), que traziam 27 GB livres dos 32 GB embarcados, o que são números muito melhores.

Não se sabe o motivo exato de o sistema usado no aparelho estar tão inchado, mas o fato é que o terceiro modelo da linha, o Xperia XA, já é mais eficiente no uso de espaço, deixando 11 GB livres dos 16 GB anunciados. É bem provável que os modelos mais avançados da linha estejam sobrecarregados com aplicativos desnecessários e que não podem ser desinstalados sem fazer o root no celular, prática conhecida como “bloatware”.

Via PhoneArena