O Facebook abandonou totalmente os métodos tradicionais de tradução para apostar num sistema tocado apenas por inteligência artificial.
Antigamente, a rede social adotava um esquema de tradução frasal, que leva em conta um pequeno agrupamento de palavras (ou as palavras individualmente) para tentar apresentar um resultado inteligível. Apesar de eficiente, o sistema apresentava falhas por não conseguir processar contexto muito bem, o que muitas vezes gera resultados esquisitos.
Agora, os robôs responsáveis pelo trabalho observam o texto por inteiro. Isso permite que cada palavra e frase sejam analisadas dentro do conteúdo completo, resultando em traduções melhor contextualizadas.
Além disso, quando topa com uma palavra ou termo desconhecido, o tradutor do Facebook não recorre a dicionários, e sim ao seu banco de aprendizado. Assim, gírias e abreviações também são traduzidas, em vez de ignoradas. A empresa deu o exemplo de “tmrw”, que o sistema entende ser “tomorrow” e, consequentemente, é capaz de transformar em “amanhã”.
A rede social recebe mais de 2.000 instruções de tradução e processa 4,5 bilhões de traduções por dia. E tudo isso é feito em tempo real, às vezes até sem que o usuário tenha de solicitar — como, por exemplo, quando você encontra um post em inglês que foi automaticamente mostrado em português.