As patinetes elétricas da Uber não voltarão mais às ruas. A empresa decidiu encerrar definitivamente a operação lançada em dezembro do ano passado em Santos e que chegou a São Paulo em março deste ano, mas foi interrompida em decorrência da pandemia de Covid-19.

A ação não é uma surpresa diante do reposicionamento global da companhia, que tem deixado de atuar nesse setor de aluguel de patinetes e bicicletas. Em maio, a companhia selou uma fusão da Jump, a divisão responsável por essa operação, com a Lime, outra empresa do setor, e ainda investiu US$ 170 milhões na nova parceira.

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A Lime, no entanto, não tem mais atuação no mercado brasileiro. A empresa esteve presente por aqui entre julho de 2019 e janeiro de 2020, mas anunciou sua saída do Brasil e vários outros países para focar em mercados mais lucrativos.

Em regiões onde a Lime ainda está ativa, o aplicativo da Uber permitirá para viabilizar o aluguel de bicicletas e patinetes. No entanto, como a Lime não está mais no Brasil, o país não terá essa opção.

Durante a crise do coronavírus, a Uber tem precisado se reinventar para não perder ainda mais dinheiro do que já é costume. A companhia, que registra prejuízos anuais na casa dos bilhões de dólares há anos como resultado de uma política agressiva de investimentos em crescimento, agora precisa lidar com uma redução drástica nas corridas por aplicativo como resultado de mais pessoas se isolando para evitar o contágio.

Por outro lado, a companhia tem investido na expansão do Uber Eats, que tem se mostrado ainda mais importante neste momento; além de entregar comida de restaurantes, o app também começou a permitir entregas de farmácias e mercados.